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    Descubra como se tornar um escritor profissional gastando apenas 15 minutos do seu dia

    Sempre que alguém me procura pedindo uma dica para entrar de cabeça na escrita e começar uma carreira como escritor, sempre repito a mesma ladainha: escreva, de preferência, todos os dias! Esse é, provavelmente, o assunto sobre o qual mais falei durante todo o tempo que mantenho este site e os canais em que produzo conteúdo.

    O fato é que muitas pessoas se assustam com essa ideia, mesmo sabendo que é a coisa certa a se fazer. Escrever todos os dias parece maçante e até mesmo impossível. E mesmo para quem acredita nesta afirmação, outros questionamentos surgem logo em seguida:

    1. Por quanto tempo eu devo escrever?
    2. Quantas palavras eu devo escrever?

    Não existe resposta definitiva para nenhuma destas duas questões. Tudo vai depender dos seus objetivos e do tempo que você tem disponível para escrever. Também vale destacar que eu já publiquei um artigo aqui no site apresentando quatro formas infalíveis de encontrar tempo para escrever mesmo que você tenha uma agenda lotada. Leia e veja como ele pode te ajudar.

    Por quanto tempo eu devo escrever?

    Pensando de uma forma ampla, o tempo ideal de escrita para quem está começando é 15 minutos diários. Afinal, não importa quão atarefado você seja. Todo mundo tem 15 minutos de tempo livre. Você pode usá-lo para dormir, caso não tenho nada melhor para fazer, ou pode usá-lo para treinar e desenvolver sua escrita.

    Mesmo que pareça pouco tempo, 15 minutos de prática diária e constante podem mudar sua vida. É por isso que eu gosto de dizer que 15 minutos é o tempo necessário para transformar um aspirante a escritor em um escritor profissional.

    O meio utilizado não importa muito. Você pode escrever a mão, em um caderno ou bloco de notas, ou pode utilizar um computador. O importante é se dedicar de corpo e alma, visando uma única coisa: evoluir.

    O segredo dos escritores profissionais é simples. Eles sabem que a escrita é a enxada da profissão. Quanto mais um autor pratica, mais ele aprende e mais se aproxima do objetivo central de todos: viver unicamente da sua própria escrita.

    Quantas palavras eu devo escrever?

    Essa questão é um pouco mais subjetiva. Em seu livro “Sobre a Escrita”, Stephen King recomenda que você não pare de escrever antes de produzir 2 mil palavras. Eu concordo com ele e este é a base que me guia hoje em dia.

    Porém, para quem está começando, escrever tudo isso pode ser uma tarefa quase impossível. Eu recomendo algo entre 500 e 700 palavras para quem quer desenvolver o hábito de escrever.

    O importante é não ficar preso a um número agora. A única coisa que importa é tentar passar os 15 minutos escrevendo. Quantas palavras surgirão disso? Não há como saber. Foque-se na ideia de melhorar a cada dia.

    Qual a melhor rotina de escrita?

    Isso não é uma receita de bolo, então sinta-se livre para criar formas diferentes. Mas o que eu vou te apresentar é algo que funciona muito bem comigo e com outros autores com quem conversei. Por isso, antes de criar sua própria rotina, tente utilizar essa e ver se ela vai funcionar com você.

    Passo 1 – Defina sobre o que você vai escrever

    É importante saber sobre o que você vai escrever antes mesmo de começar a escrever. Esse é o principal segredo para acabar com o bloqueio criativo. Posso te dizer sem medo de errar que não tenho um único bloqueio criativo há, pelo menos, uns seis anos. As vezes, sinto preguiça de escrever, mas isso é algo bem diferente. 🙂

    Então, anote ideias simples ou tópicos sobre o que você pretende escrever. Se estiver usando um computador, separe uma folha sulfite ou um bloco de notas para anotar as ideias, porque as ideias fluem melhor e mais rapidamente desta forma. Quando estiver pronto, como algumas ideias e conceitos, passe para o computador e escreva, de fato.

    Passo 2 – Use um cronômetro para marcar o tempo

    Você não precisa comprar um cronômetro, obviamente. Use o seu celular, porque todos possuem essa ferramenta nativamente. Lembre-se apenas de não limitar a sua escrita pelo tempo do cronômetro. Afinal, 15 minutos são o tempo mínimo que você deve escrever, não o máximo. Se a sua escrita fluir por horas, melhor ainda.

    Mas, mesmo assim, faça o que puder para desenvolver o máximo de ideias nos 15 minutos disponíveis. Isso vai aumentar seu senso de urgência e te fazer vislumbrar o que é a vida do escritor profissional, vivendo em uma batalha constante com prazos apertados.

    Passo 3 – Escreva como se sua vida depende disso

    É para isso que você está aqui, não é? Então escreva! Use as ideias que você anotou e bote sua mente (e seus dedos) para funcionar. Neste momento, você não precisa se preocupar muito com a gramática, com construção frasal ou com a qualidade das suas histórias. Tudo isso pode ser corrigido mais tarde.

    A única coisa realmente importante é tirar as ideias da sua cabeça. Dar forma para coisas que, antes disso, eram apenas ideias malucas. Nesse momento, você é um deus moldando vida no barro. Não pense em minhas palavras como algo ofensivo ou herege, mas use como um exemplo para entender maneira como você deve se comportar.

    Seus textos precisam de vida e cabe a você trazer essa vida.

    Passo 4 – Mantenha-se absolutamente focado na escrita

    Hora de escrever é hora de escrever. Esqueça facebook, whatsapp ou qualquer outras redes sociais que possam comprometer sua produtividade. Normalmente, desperdiçamos horas e mais horas do nosso dia com coisas que não nos ajudam a alcançar nossos objetivos. Seu objetivo é fugir dessas coisas.

    Quando atingir os 15 minutos, você poderá fazer uma pausa ou até mesmo para de escrever. Mas, antes disse, seu foco deve ser apenas um: escrever sem parar.

    Afinal de contas, quinze minutos não é tanto tempo assim. Você vai sobreviver se demorar um tempo a mais para responder aquela mensagem ou ver aquele meme de gatinho.

    O que fazer depois de escrever?

    Algum tempo atrás, escrevi um texto falando sobre o roubo. Muitos autores tem medo de compartilhar seus escritos com alguém que possa roubá-los. Minha opinião sobre isso pode soar polêmica para alguns, mas ela é sincera e, porque não, verdadeira: ninguém vai roubar seu texto porque, infelizmente, ninguém liga para o seu texto.

    A menos que você seja uma encarnação do Fiódor Dostoiévski, do Franz Kafka ou do J.R.R. Tolkien, é bem provável que seu texto esteja bem ruim. Que apresente falhas estruturais grotescas e ideias mal desenvolvidas. Por isso, não tenha medo do roubos. Tenha medo de não evoluir.

    Todo mundo começa dessa maneira e escrever todos os dias é a melhor forma de melhorar sua escrita. A segunda melhor forma é receber feedback de outros autores e aprender com quem sabe mais ou tem mais prática.

    Compartilhe seus textos e não tenha medo. Ainda hoje eu faço isso, porque nenhum texto é tão bom que não possa melhorar.

    O que fazer depois de compartilhar?

    Da mesma forma que você aprende muito quando recebe opiniões, você também pode aprender muito quando oferece suas próprias opiniões. A internet está cheia de autores em todas as etapas. Desde aqueles que estão começando hoje, neste momento, até aqueles que escrevem há décadas. O que todos tem em que comum com você é que eles QUEREM e PRECISAM ser lidos.

    Você pode ajudar lendo e dando o seu próprio feedback.

    Se não sabe onde fazer isso, comece pelo grupo da UEFB (União dos Escritores de Fantasia e Ficção Científica do Brasil). O grupo no facebook é bem movimentado e possui muitas pessoas dispostas a crescer e ajudar novos autores.

    Nunca seja ofensivo. Se achar que o texto é péssimo e não for capaz de encontrar nada de bom para dizer, simplesmente pule para o próximo. Uma crítica ácida e maldosa nunca terá uma função positiva. Tente ser encorajador nas suas palavras, mesmo quando apontar pontos ruins. Diga o que gostaria de ouvir para evoluir.

    A melhor forma de fazer isso é seguir a fórmula positivo-construtivo-positivo. Entenda melhor abaixo:

    1. Comece sua avaliação elencando os tópicos onde o escritor acertou em cheio com sua escrita. Deixe-o feliz e mais suscetível para qualquer crítica negativa que possa surgir.
    2. Neste ponto, compartilhe ideias de melhorar os pontos em que eles erraram. Não foque nos erros, mas na maneira de corrigi-los.
    3. Por fim, repita a avaliação positiva, ou acrescente mais uma característica positiva do texto.

    Oferecer um feedback sincero para outros autores pode te ajudar a evoluir, vendo o que funciona e o que não funciona na escrita de outras pessoas.

    E qual é o próximo passo?

    Escrita é aprendizado. Você nunca chegará em um ponto onde dirá: eu sei tudo o que há para se saber sobre escrita criativa. Sempre há algo novo para aprender, um técnica nova para testar ou um gênero novo para abordar. Justamente por isso, é importante tentar se manter sempre atualizado.

    Uma boa forma de fazer isso é assinar minha newsletter sobre escrita criativa e storytelling. Duas vezes por semana, o assinantes recebem ideias e materiais exclusivos, que não são postados aqui no site e em nenhum outro lugar. Conteúdos de primeira linha, que vão te ajudar a se destacar neste mundo cada vez mais concorrido.

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    Obrigado pela visita, volte sempre e boa escrita. 😀

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    Matheus Prado
    Matheus Pradohttps://conteudo.matheusprado.com.br/
    Matheus é jornalista, escritor e cineasta. Acredita que a vida é um oceano profundo e que devemos nos aventurar muito além da superfície.

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