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    Dica de Storytelling: o objetivo do marketing é tornar a venda supérflua

    Peter Drucker, um dos nomes mais importantes do marketing e da administração de empresa, certa vez disse que:

    O objetivo do marketing é tornar a venda supérflua.

    Muita gente não entendeu o que ele quis dizer na época e muita gente ainda não entende nos dias de hoje.

    É fato que Drucker não estava menosprezando as vendas. Também é fato que este não é um conteúdo administração ou sobre vendas. Este é um conteúdo sobre relacionamentos, mas como tudo está interligado, preciso te lembrar que relacionamento é base tanto para a administração quanto para as vendas.

    Os gurus dizem que há várias formas de se relacionar positivamente com alguém. Mas eu te desafio a encontrar uma maneira melhor do que as histórias. Contar um história, seja a sua ou a de outra pessoa, é a melhor forma de ilustrar o que você precisa e gerar o interesse na sua audiência. Duvida? Deixe eu te contar uma história…

    Em 2016, eu decidi que queria gravar um longa metragem. Sem dinheiro, em uma cidade do interior de Mato Grosso, e sem equipamentos ultra profissionais. Mesmo assim, consegui alguns entusiasmados e, em seis meses, nós gravamos um longa chamado “O Som da Sua Voz”. Algum tempo depois, esse filme foi exibido no cinema e conseguiu uma boa bilheteria. Depois disso, fomos para o YouTube, onde já tivemos quase 40 mil acessos.

    Agora você já sabe muitas coisas sobre mim. Sabe que eu sou meio louco, porque quis gravar um filme. Sabe que eu amo cinema e que sou relativamente bom com as palavras, já que eu convenci algumas pessoas de que era possível fazer um filme no interior de Mato Grosso. E sabe que eu não desisto fácil, porque eu não só gravei, como exibi no cinema e consegui milhares de visualizações no YouTube.

    Esse é o poder das histórias. Criar relacionamentos. E a base do Marketing é o relacionamento. Se você quer vender de verdade, sem parecer um chato irritante, precisa aprender a se relacionar com o seu cliente em um nível mais íntimo. Qualquer bom profissional sabe disso e pratica, mesmo que nunca tenha ouvido falar em termos com storytelling e copywriting.

    Então, só pra fixar, vamos ver a citação completa de Drucker:

    O objetivo do marketing é tornar a venda supérflua. A meta é conhecer tão bem o cliente que o produto ou serviço se adapte a ele e se venda por si só. Deixe o cliente pronto para comprar. A partir daí, basta tornar o produto ou o serviço disponível.

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    Vale a pena ser honesto? Conheça o poder oculto e menosprezado da honestidade

    Confira a citação abaixo:

    Quem é honesto tem segurança, mas quem é desonesto logo fracassa. Quem cultiva a sua terra tem comida com fartura, mas quem gasta o tempo com coisas sem importância sempre será pobre. A vida da pessoa honesta é cheia de felicidade, mas quem tem pressa de enriquecer não fica sem castigo.

    O texto que você leu foi escrito há alguns milhares de anos e está contido no capítulo 28 do livro de Provérbios. Segundo a tradição, seu autor é Salomão, terceiro rei de Israel, um dos homens mais inteligentes que o mundo já viu. Salomão também foi um homem muito rico. Alguns dizem que foi o homem mais rico que já existiu. Foi por isso que decidi refletir um pouco sobre este trecho.

    Nesse contexto, não importa muito se você é ou não uma pessoa de fé, porque as palavras de Salomão são úteis em todas as ocasiões. Elas nos ajudam a entender que a fome por dinheiro nem sempre se justifica quando se sobrepõe a coisas realmente importantes, como a paz de espírito e a honestidade. O que você está disposto a sacrificar para enriquecer? Qual o preço?

    Muitas vezes, a honestidade é um termo incompreendido. Precisamos ser honestos com os outros, é claro, mas também precisamos ser honestos com nós mesmos. O que você está fazendo é o que seu coração deseja? Você escolheu ou foi escolhido? Você realmente acredita nisso? Se a resposta for não, talvez seja hora de mudar. Mudar de ares, de cidade, de emprego, de estação de rádio… O importante é ser honesto.

    Todos os dias, somos confrontados com decisões importantes e algumas delas nos levam a questionar nossa honestidade. Quando isso acontece comigo, tento me lembrar das palavras de Salomão. Então me pergunto: o que ele faria? Como eu me sentiria depois? Eu seria capaz de dormir em paz? A resposta nunca me surpreende. Porque o fato é que nós sabemos o que fazer, mas não fazemos.

    Sei que esse post é diferente do que você está acostumado a ver por aqui, mas espero que ele te ajude a pensar um pouco e a ser mais honesto com você mesmo e com os outros. Não pelo medo da punição, do inferno ou de qualquer outro dogma religioso, mas pela liberdade de poder ser você mesmo e amar essa escolha com todo o seu coração. Esse é o segredo da felicidade e da verdadeira riqueza.

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    EXCLUSIVO: conheça a capa e a data de lançamento de “Santo Herege”, meu novo thriller

    Ah, você não tem nem ideia de quanto tempo eu esperei para anunciar essa novidade aqui no site! O meu novo livro de ficção está chegando! Batizado a fogo como Santo Herege, essa obra é projeto no qual eu mais me dediquei nos últimos anos. Só não digo que é o meu melhor livro porque os pais não podem ter um filho preferido, não é mesmo?

    Santo Herege é o livro que eu sempre quis escrever. A ideia apareceu na minha cabeça há pouco mais de cinco anos, mas eu não sabia exatamente o que fazer com ela. Deixei lá e fui maturando por um tempo, fazendo pesquisas e deixando as coisas fluirem. Mas tudo mudou em 2020, quando a pandemia chegou. Passei a ter um pouco mais de tempo livro e decidi que era hora de reler todas as páginas acumuladas na pesquisa e começar a escrever.

    A escrita durou apenas três meses, mas as correções e revisões duraram o dobro. Isso acontece sempre e bem normal. Neste caso, foram até rápidas, considerando o número de dados que eu tive que conferir. Mas, no final, deu tudo certo.

    Como eu sei que você está morrendo de curiosidade, vou te apresentar a sinopse oficial de Santo Herege:

    Depois de testemunhar uma série de eventos sobrenaturais inexplicáveis, o teólogo Alex Moretti se vê preso em uma intrincada conspiração. Acusado de vários assassinatos brutais, ele precisa provar sua inocência ao mesmo tempo em que vê todas as suas crenças se desfazerem.

    Para piorar, Moretti começa a ser perseguido por um homem violento e obstinado, membro de uma organização cristã envolta em segredos e contradições.

    Percorrendo caminhos inexploradas no centro histórico da cidade de São Paulo, Moretti e uma improvável companheira travam uma batalha contra o tempo para proteger suas vidas e desvendar os mistérios que os cercam: quem realmente cometeu os crimes? Quem são os Filhos de Belial? E quem será a próxima vítima?

    E é claro que a novidade não seria completa se eu não te apresentasse a capa, não é mesmo? Por isso, confira abaixo, em primeira mão, a arte de divulgação:

    Santo Herege é uma obra de terror e suspense, com vários elementos que evocam escritores como H.P. Lovecraft e Stephen King, mas com mistérios e quebras cabeças dignos das histórias de Dan Brown. O cenário da aventura é a cidade de São Paulo. Nosso herói, o teólogo Moretti, se embrenha em catedrais famosas, mosteiros impenetráveis e prédios históricos, ao mesmo tempo em que revive passagens obscuras da história do Brasil e do cristianismo.

    O lançamento está marcado para o dia 9 de julho de 2021, em versão física e digital. Nos próximos dias, vou abrir a pré-venda, com um preço especial e muitos bônus para quem quiser se adiantar na compra.

    Então só me resta perguntar uma coisa…

    Você está preparado para a guerra? O seu inimigo está.

    As 8 lições de escrita que eu aprendi com Dan Brown e que mudaram minha vida

    Todos os livros escritos por Dan Brown se tornaram best-sellers. Não foi assim desde sempre, é claro, mas desde que o autor conseguiu conquistar o mundo com seu maior sucesso, O Código Da Vinci, nenhum de suas histórias vende menos do que algumas centenas de milhares de exemplares. Foram mais de 200 milhões de livros vendidos, no total.

    Três destes livros, inclusive, foram adaptados para o cinema e há planos para adaptar outros. Dessa forma, não há dúvidas de que Dan Brown é um dos escritores mais bem-sucedidos de todos os tempos.

    Mas… por que? O que difere Dan Brown de tantos outros autores que jamais conseguiram conquistar alguma coisa? E por que nenhuma das milhares de cópias baratas que surgem todos os anos de seus livros não conseguem o mesmo destaque que ele conseguiu no mercado?

    Dan Brown não é um escritor prolífico, com Stephen King, que lança um ou até dois livros por ano. Na verdade, ele leva alguns anos para lançar cada um de seus livros e, segundo seus próprios relatos, luta constantemente com bloqueios pesados.

    Mas há alguns elementos que mudaram o jogo e transformaram Dan Brown no autor consagrado que ele é hoje. É sobre isso que nós vamos falar hoje.

    1. Proteja seu processo

    Nunca me canso de dizer que você precisa escrever todos os dias se quiser ter algum sucesso na escrita. Outros professores (e alguns “gurus” safados) preferem dizer que isso não é importante, mas a verdade é que eu nunca vi um único autor ou autora que tenha conseguido algum reconhecimento e algum sucesso na carreira sem trabalho duro e ininterrupto.

    Escritores escrevem!

    Em sua Masterclass, Dan Brown vai ainda mais longe e insiste que para desenvolver a sua escrita você precisa “proteger o seu processo”. Isso quer dizer que você precisa encontrar um lugar em sua casa onde esteja livre de distrações e onde possa escrever todos os dias, por pelo menos 7 dias consecutivos. E é importante fazer isso sempre no mesmo horário.

    A ideia é treinar o seu cérebro para entender que a escrita faz parte da sua rotina e é algo importante para você, que não pode ser negligenciado. A medida em que seu corpo se acostumar com a ideia, a dificuldade vai desaparecer e os resultados vão brotar, como num passe de mágica. Acredite, funciona mesmo.

    2. Consuma referências variadas

    Você gosta de ler? Pode parecer uma pergunta idiota, mas conheço muitos “escritores” que simplesmente não leem. Uma vez, quase entrei em uma briga com um cara que queria argumentar que você não precisa ler para ser um bom escritor. Nem preciso dizer como acho essa ideia ridículo, não é?

    O primeiro passo para escrever bem é ler muito. E essa não é só uma opinião minha, como também a do próprio Dan Brown.

    Segundo o autor, também é importante se ler clássicos universais, como as obras de Shakespeare, Lev Tolstoy, Alexandre Dumas, Franz Kafka e muitos outros. O motivo é bem simples: estes autores já abordaram todos os temas, personagens, narrativas e tipos de enredo possíveis. Sendo assim, são uma ótima fonte de estudo.

    Escritores não podem ler livros como leitores comuns. Cada livro, até mesmo os mais simples e efêmeros, são base de estudo. Dessa forma, torna-se ainda mais fácil entender o motivo para ler obras clássicas, que resistiram ao tempo e que, ainda hoje, encantam leitores ao redor do mundo.

    Para se tornar um grande escritor, primeiro você deve ler os grandes escritores.

    3. Crie uma atmosfera de mistério

    Faça uma experiência simples. Aproxime-se de algum amigo e diga que precisa contar um segredo que ninguém mais pode saber. Então observe a reação dele. Antes mesmo de saber sobre o que se trata, é bem provável que ele fique animado com a ideia de saber algo novo, inusitado, desconhecido.

    Isso é inerente à natureza humana. Nós somos animais emocionais, apaixonados por histórias e movidos pela curiosidade.

    Isso não quer dizer apenas que você pode (e deve) usar essa técnica em suas histórias, mas que pode ir muito além dos códigos complicados que seus protagonistas precisam decifrar para sobreviver. A capa do livro “Inferno”, por exemplo, continha um segredo escondido que só poderia ser visto por quem baixasse um aplicativo lançado para a campanha de divulgação. Elementos como esse mantém os leitores interessados até mesmo depois do fim da leitura.

    Por isso, tente adicionar um ar de mistério nos elementos de sua história. Não revele os fatos todos de uma vez. Não exponha o assassino no começo da trama. Não conte tudo para o leitor, mas faça com que ele descubra cada acontecimento junto com os personagens da sua trama.

    E se estive disposto a fazer algo ainda mais impactante, você pode até criar um ar de segredo em volta da sua própria figura, enquanto escritor.

    4. Crie personagens cinzentos

    Violões são personagens deliciosos. Muitos dos meus personagens favoritos (e talvez dos seus) são vilões de histórias clássicas. Mas há algo nesse contexto que precisa ser mencionado. Segundo Dan Brown, a maioria das pessoas não consegue se identificar com um personagem que seja totalmente mau.

    E quando eu me refiro a mau, falo de alguém sem empatia e que deseja prejudicar outras pessoas por mera vaidade.

    Você se lembra do personagem Dexter, da série televisiva de mesmo nome? Ele se tornou icônico por ser, ao mesmo tempo, herói e vilão. Dexter mata sem nenhum remorso. Ao mesmo tempo, suas vítimas são pessoas ainda piores do que ele. Isso quer dizer que sua moral não é nem branca nem preta, mas cinzenta. E é esse detalhe que nos atrai.

    Personagens como Dexter são muito mais críveis do que vilões escondidos atrás de uma capa negra, cujo único objetivo é destruir o protagonista, ou heróis imbatíveis, que nunca estão sujeitos à corrupção. Humanos gostam de histórias sobre humanos. E nós somos moralmente cinzentos. Nossas maiores qualidades são defeitos imperdoáveis sobre certos pontos de vista. Explore esses aspectos.

    5. Aceite que haverá dúvidas

    Existe um mito largamente pregado de que alguns pessoas são hiper criativas e conseguem ter boas ideias o tempo inteiro. Pura besteira e Dan Brown sabe disso. É por isso que ele sempre diz em suas entrevistas que sua cabeça vive cheia de dúvidas. Isso é importante ao ponto de a dúvida se tornar parte do processo de escrita.

    Isso acontece com todos os autores. Há dias bons, onde você escreve por horas a fio, mas também há dias ruins, onde você não escreve nada. Nessas horas, vale relaxar e tentar distrair sua mente com outras coisas. Consumir algum conteúdo relacionado com o tema sobre o qual você está escrevendo ou fazer algo que você realmente gosta são boas alternativas.

    Segundo Dan Brown:

    Haverá dias em que você simplesmente não sabe se consegue (escrever). Nesses dias, o que vai te salvar é o seu processo. Seu ritual. Então, se você ainda está começando a escrever um romance, vá criar esse processo, vá criar esse ritual. E se você está no meio de um romance agora, comprometa-se novamente com esse ritual.

    6. Faça o relógio andar

    Há algum tempo, escrevi sobre os “3 C’s” da escrita de thrillers e como usá-los para escrever qualquer gênero literário. Esse é um conceito que Dan Brown apresentou em sua Masterclass: contrato, relógio e cadinho (Contract, Clock e Crucible). Neste artigo, quero destacar o segundo item, o relógio, mas é claro que você pode ler o post completo e aprender ainda mais.

    Segundo Dan Brown, é importante delinear os prazos para as coisas acontecerem. Ao mesmo tempo, você precisa manter os riscos altos para que a história avance num ritmo crescente e frenético.

    Um exemplo é o livro “Anjos e Demônios”, que se passa em apenas 24 horas. Neste meio tempo, o professor Robert Langdon precisa encontrar uma bomba de antimatéria e salvar o mundo antes que ela exploda no coração do Vaticano. Há um grande marcador de tempo na bomba, que dá ritmo para a trama, uma vez que a pressão de ter que resolver as coisas naquele espaço de tempo intensifica a urgência da trama e mantém o ritmo.

    Essa regra vale para qualquer tipo de história. Quer um exemplo: imagine um romance onde os amantes precisam encontrar um jeito de ficar juntos antes que um deles seja mandado para a guerra ou para um colégio interno.

    7. Não faça nenhuma pesquisa

    A sétima dica de Dan Brown se refere a um erro clássico dos escritores: perder muito tempo fazendo pesquisa quando você deveria simplesmente escrever. É por isso que ele pratica o que chama de “escrita livre”. Isso significa que não edita e nem pesquisa antes de terminar cada etapa, seja um capítulo ou até mesmo o livro inteiro. Nesse meio tempo, faz pequenas anotações em seu texto para se lembrar do terá que pesquisar mais tarde.

    Segundo o autor, primeiro você deve tirar a história da sua cabeça, inventando fatos e até mesmo a ciência presente na trama. Só depois de terminar o primeiro rascunho que você deve começar as pesquisas para corrigir os erros apresentados e, até mesmo, mudar a trama onde for necessário. Isso é necessário para se manter no “estado de flow”, um estado mental onde você fica totalmente imerso no que está fazendo.

    É claro que isso não é uma regra. Há grandes autores, como John R. R. Tolkien, autor da série “O Senhor dos Anéis”, que passaram anos pesquisando e aprendendo antes de decidirem escrever uma única palavra. Isso pode funcionar, mas a única forma de saber é testar os métodos e escolher o que trouxer mais resultados.

    8. Seu primeiro rascunho será ruim

    Se há autores que nunca param de escrever um livro e precisam ser pressionados para abandoná-los, há outros que acham que produziram verdadeiras obras de arte desde o primeiro rascunho. É como se o romance fosse uma dúvida vinda direta de Deus ou de alguma outra entidade cósmica. Aqui vai a dica: não seja este babaca.

    Seu primeiro rascunho É RUIM. Não importa se você é o Sthepen King ou o Estevão Rei. Todos os escritores passam pelo mesmo problema e é por isso que existe um longo trabalho de edição em qualquer obra decente. O ideal é contratar um editor (caso você não seja contratado por um editora tradicional), mas você também pode fazer isso por conta própria.

    O primeiro passo, é deixar sua obra “esfriar”. Isso quer dizer que você precisa esperar alguns dias antes de começar a revisão, já que as ideias ainda estarão fervilhando na sua cabeça. Tente se esquecer da trama antes de voltar para ela.

    Quando estiver relendo seu manuscrito, tente perceber se o processo de editá-lo é divertido. Se não for, é bem provável que você esteja com problemas.

    Há uma frase famosa que diz:

    No tears in the writer, no tears in the reader.

    Ou seja, se o livro não impacta o escritor, também não vai impactar o leitor. Editar seu próprio livro deve ser um processo emocionalmente envolvente. Se isso se tornar uma obrigação chata, talvez você precise reescrever tudo…

    Dan Brown costuma dizer que vê a edição de seus livros como um jogo. Ele se pergunta coisas como:

    O que aconteceria se eu reescrevesse todo este capítulo sob o ponto de vista desse personagem secundário?

    Pensar e agir desta forma é uma das melhores maneiras de melhorar o seu trabalho durante o processo de edição.

    Conclusão

    Dan Brown é professor universitário e filho de um professor universitário. Ele gosta de dizer que cresceu dentro do campus da Phillips Exeter Academy, New Hampshire, onde seu pai dava aula. Sua mãe era musicista e fez com que ele desenvolvesse um grande amor pela música e pela matemática. E o mais incrível é que todos estes elementos se refletem na escrita do autor.

    Goste você ou não do trabalho de Dan Brown, ele sempre escreve sobre o que ama. Códigos e quebra-cabeças complexos aparecem com frequência em seus livros porque ele sempre foi atraído por eles, desde quando era criança. É por isso que ele também diz que seu melhor conselho para quem quer seguir uma carreira literária é

    Escreva sobre o que você ama.

    Parece vago, mas não é. Muitos escrevem por fama, luxo ou dinheiro. Outros escrevem como forma de fugir de uma vida triste. O motivo, na verdade, realmente não importa. A única coisa que importa é se sentir bem consigo mesmo e falar a verdade, ainda que com mentiras. Esse é grande o poder da ficção e Dan Brown sabe usar esse poder como poucos.

    Se você gostou das dicas e acha que elas podem te ajudar, compartilhe sua opinião nos comentários. Vou adorar ler e conhecer sua opinião.

    Então é isso. Obrigado pela visita, volte sempre e boa escrita. 🙂

    Como escrever uma sinopse que realmente desperta o interesse nos seus leitores

    Então você passou meses (ou talvez anos) escrevendo o seu livro e agora quer enviá-lo para alguma editora tradicional ou iniciar o processo de autopublicação. Para ambos os casos, a primeira coisa que precisará providenciar é uma boa sinopse.

    Caso ainda não saiba, uma sinopse é uma breve descrição de um livro usada exclusivamente para fins promocionais. Vou enfatizar: exclusivamente para fins promocionais. A principal função de uma sinopse é vender o seu livro. Pode ser vender literalmente, em uma loja ou site, pode ser figurativamente, quando convence um leitor a iniciar a leitura.

    Tradicionalmente, uma sinopse deve ter algo entre 150 e 200 palavras. Claro que há excessões, mas quanto maior a sinopse, mais chance dela ser ignorada. E, quanto menor, menos chance de passar a ideia correta do livro. Como tudo nessa vida, equilíbrio é chave.

    Hoje em dia, com o crescimento de sites como a Amazon, as sinopses saltaram das contracapas dos livros para as páginas de vendes e isso as tornou ainda mais relevantes. E, infelizmente, mais complexas. Mesmo assim, existe uma técnica por trás das boas sinopses.

    Gosto de dizer que há mais ciência do que arte nesse processo de escrita, ainda que a arte também esteja presente. O fato é que você pode aprender a escrever sinopses realmente conscientes, fazendo pequenos ajustes nos seus textos.

    Porque você precisa escrever uma sinopse?

    Como já disse antes, é importante que você não confunda as coisas: uma sinopse não é o resumo do seu livro inteiro. Sua função, na verdade, deve ser instigar o público a iniciar a leitura. Apenas isso. Despertar o interesse de uma forma tão avassaladora que o ele não conseguirá fazer outra coisa que não seja ler o seu livro. Se continuará lendo até o final, isso dependerá da qualidade do seu texto e da sua capacidade de cativar.

    A única função da sinopse é fazer o público começar a ler.

    E é aí que muitos escritores pecam. Uma das maiores dúvidas sobre o processo de escrita se dá sobre a melhor forma de escrever sinopses. Ainda mais considerando que, cada fim exige uma sinopse diferente. O texto que você usará na contracapa do seu livro não deve ser exatamente o mesmo que você usará na página de vendas da Amazon.

    Da mesma forma, o texto que enviará para a editora, instigando os editores a lerem seu manuscrito, deve contar com um tipo diferente de sinopse, um pouco mais amplo e focado em um público que realmente entende do assunto.

    Neste artigo, vou te dar dicas práticas para que você escreva sinopses impossíveis de ser ignoradas e, consequentemente, aumente as vendas dos seus livros.

    01 – Apresente o seu personagem principal

    Esse talvez seja o erro mais básico de todas as sinopses amadoras que leio e foi por isso que o coloquei por primeiro. Muitos autores, na ânsia de apresentar seu universo e suas tramas complexas, acabam se esquecendo do básico. Apresentar os personagens pelos quais viveremos aquela história.

    De forma inconsciente, os leitores leem as sinopses para saber se aquela história possui personagens interessantes, com os quais eles gostarão de passar algum tempo. Se isso não acontecer, sua sinopse falhou. É claro que você não precisa apresentar toda a história do seu personagem, mas é importante mostrar o suficiente para que os leitores entendam que eles são.

    Lembre-se: histórias são sobre pessoas.

    02 – Apresente o cenário e o conflito principal

    Nem sei dizer quantas vezes eu já falei sobre conflito em meus artigos. Mas não me canso de falar, porque eles são a base de qualquer história interessante. É o conflito que manterá os leitores vidrados na sua trama. E, para levá-los até lá, é importante apresentar este conflito logo na sua sinopse.

    Depois de ser acusado do brutal assassinato de um famoso padre em uma igreja no centro de São Paulo, o professor de Demonologia Alex Moretti precisa lutar contra o tempo para provar sua inocência. O crime traz à tona uma obscura seita secreta, que deseja apresentar ao mundo o que eles chamam de “verdadeiro deus”, uma entidade ancestral que rivaliza o poder com o do próprio Deus cristão.

    Note que neste primeiro momento, já sabemos que é o protagonista (o professor Alex Moretti) e qual o conflito principal (provar que não é um assassino). Também sabemos que a história se passa na cidade de São Paulo e que o possível vilão (os membros da seita secreta) está por perto.

    Outro detalhe importante é que, de forma geral, as pessoas não querem saber sobre jornadas existenciais e conflitos internos nas sinopses. Claro que não é regra, mas o conflito físico desperta muito mais interesse, mesmo quando o foco da história não é, necessariamente, este conflito.

    Quer um exemplo mais fácil de entender? Imagine que você está escrevendo uma sinopse par ao livro “Metamorfose”, do Kafka. Sabemos que a trama é uma grande analogia para as relações humanas e que a própria transformação do protagonista é um reflexo disso. Mas, se você quiser vender esse livro, precisa se atentar ao físico, ao que pode ser visualizado facilmente:

    Certa manhã, o caixeiro viajante Gregor Samsa acorda e vê que se transformou em um monstruoso inseto.

    03 – Deixe claro o que está em jogo

    Como eu já disse, o conflito é muito importante. Mas se você não apresenta as consequências da falha e o que pode dar errado, tudo parecerá apenas mais um drama barato. Se você dizer coisas como:

    Em sua nova missão, Jack Bauer tem apenas 24 horas para resgatar um embaixador americano de um navio russo.

    Por mais intrigante que seja a situação, ela não apresenta riscos. A melhor maneira de apimentar as coisas é mostrar como elas podem dar errado.

    Jack Bauer tem apenas 24 horas para resgatar um embaixador americano de um navio russo, antes que o sequestro desencadeie uma guerra nuclear.

    Viu como a coisa muda de figura? Saber que o mundo inteiro pode ser destruído caso as coisas não saiam como o personagem espera desperta a curiosidade do leitor. É por isso que você precisa se aproveitar sempre dessa estratégia. Para entender todo o potencial da sua história, o leitor precisa ficar ciente de alguma coisa que está em jogo para seus personagens.

    04 – Mostre para o leitor que o livro é para ele

    Ainda que queiram ser surpreendidas com coisas que não conhecem, a maior parte dos leitores quer se divertir com histórias que já conhecem. Leitores de fantasia dificilmente se interessarão por romances açucarados. Amantes de terror dificilmente entrarão na sessão de autoajuda das livrarias.

    É por isso que você precisa deixar claro desde a sinopse sobra o que é o seu livro e qual gênero ele aborda. Ainda que não seja de forma escancarada, é importante deixar claro sobre o que trata a sua história, incluindo elementos pelos quais os leitores já estão procurando.

    Jack Bauer tem apenas 24 horas para resgatar um embaixador americano de um navio russo, antes que o sequestro desencadeie uma guerra nuclear. Embarque nessa nova missão, repleta de ação, perseguições e intrigas internacionais.

    Lembre-se que a sua sinopse nada mais é do que uma carta de vendas. Então venda o seu peixe e deixe claro o que o leitor vai encontrar nas suas páginas.

    Conclusão

    Por mais complicado que possa parecer, escrever uma sinopse exige mais treino e prática do que habilidade inata e talento. Siga a fórmula que te apresentei e veja como seus textos melhorarão de forma significativa.

    • Apresente o personagem principal;
    • Apresente o cenário e o conflito principal;
    • Deixe claro o que está em jogo;
    • Mostre para o leitor que o livro é para ele.

    É claro que não existe nenhuma garantia de que suas sinopses se tornarão perfeitas a partir de agora, mas posso garantir que elas vão evoluir. Você mesmo vai notar a diferença. Não se vanglorie demais.

    Escreva e reescreva quantas vezes forem necessárias, até que a sinopse transmita tudo o que você precisa para vender mais as suas ideias para os seus leitores. Se quiser, poste seu texto nos comentários. Vou adorar ler.

    Pequeno ensaio sobre a importância das histórias para a formação da sociedade moderna

    A humanidade é e sempre foi apaixonada por histórias. No crepúsculo dos nossos tempos, os primeiros olhavam para o alto, tentando entender o que eram aqueles pontos luminosos que enfeitavam o céu noturno. Então olhavam para o mar profundo e sonhavam com as possibilidades submersas. E, possivelmente, olhavam para dentro deles mesmos e indagavam o que ainda repetimos:

    Quem somos nós? De onde viemos? Para onde vamos?

    Para justificar a falta de respostas, criamos deuses e entidades cósmicas dotadas de poderes sobrenaturais e capazes de feitos miraculosos. Essas histórias foram compartilhadas e algumas delas são conhecidas ainda nos dias de hoje.

    A consciência humana foi forjada com base nessas histórias e isso tornou sua separação quase impossível. Humanos não sobrevivem sem histórias. E, se não há humanos, também não há histórias, uma vez que (até onde se sabe), somos os únicos seres capazes de armazenar e repassar conhecimento através de narrativas complexas.

    Nem mesmo a alta tecnologia atual foi capaz de minimizar a importância das histórias. Isso porque as histórias, de certa forma, também são um tipo de tecnologia. Talvez o storytelling seja a primeira tecnologia criada pela humanidade e, sem sombra de dúvidas, é uma das mais importantes.

    Humanos são contadores de histórias. São storytellers natos. Isso é tão importante para a humanidade que as histórias se tornaram vitais para nossa existência. Foi por meio delas que os pais ensinaram seus filhos sobre os perigos da selva, sobre os alimentos certos para o consumo, sobre os caminhos seguros, sobre o poder do fogo, a importância da chuva e os predadores da noite.

    As histórias ancestrais ainda estão visíveis nos nomes dos nossos continentes, países, estados, cidades e empresas. Os mercados mais lucrativos do planeta são aqueles diretamente ligados com o processo de contar histórias, como o cinema, a música, os videogames e, acredite você ou não, a guerra.

    Convencer pessoas de que matar outras pessoas é a única solução para resolver um problema exige uma ótima história. Não apenas uma história bem construída, mas uma história que desperte os sentimentos certos. Os Senhores da Guerra também são ótimos storytellers. Nos últimos anos, vimos homens e mulheres atravessando continentes voluntariamente, rumo ao desconhecido, porque acreditaram nas histórias contadas por seus líderes. Isso sempre aconteceu e continuará acontecendo. História são ferramentas poderosas e, como tal, podem ser usadas para o bem e para o mal.

    Outro aspecto surpreendente das histórias, e aqui falo especialmente das histórias de ficção, é a capacidade que elas têm de transmitir a verdade usando a mentira. Afinal, analisando de forma científica, um livro de ficção nada mais é do que uma grande mentira organizada em capítulos. Ainda assim, em alguns casos, os acontecimentos ficcionais têm o poder de nos transformar e transmitir verdades incontestáveis.

    Muitos escritores escrevem sobre pessoas que não existem, fazendo coisas que não aconteceram, em mundos imaginários. Algumas dessas pessoas, acontecimentos e locais, porém, são metáforas para nós mesmos, nossas ações e nosso mundo. E é aí que o valor do storytelling se revela. A humanidade foi forjada no calor das histórias, ao ponto em que a ficção, muitas vezes, parece mais transformadora do que a própria realidade.

    É por isso que as histórias são tão importantes no processo de formação das crianças. Quando ouve uma história e, principalmente quando interage com ela, a criança ativa seu processo de construção da sua própria identidade social e cultural. Era assim na antiguidade e continua sendo assim nos dias atuais. As fábulas, contos e lendas que ouvimos na infância cimentaram as bases do que hoje entendemos como sociedade.

    Quando você conta a história da Chapeuzinho Vermelho para uma criança, superficialmente, está falando sobre um mundo onde há lobos que falam e se disfarçam de avós. Como subtexto, está explicando que o mundo real é cruel. Que há perigos escondidos e que algumas pessoas não são exatamente quem parecem ser. Há lobos escondidos nas esquinas.

    Você fala sobre algo real e sério. Um assunto sobre o qual as crianças deverão pensar, mais cedo ou mais tarde. Mas, ainda assim, está usando mentiras. Parece dúbio? Sim, é mesmo. Afinal, a Chapeuzinho Vermelho nunca existiu. Os lobos não conseguem se disfarçar de avós e, mesmo que conseguissem, qualquer pessoa seria capaz de notar a diferença. Mas a história funciona por causa do subtexto.

    Estes aspectos são apenas alguns dos muitos possíveis, quando analisamos o poder das histórias. Elas ajudam no desenvolvimento da criatividade, do raciocínio lógico, do senso de comunidade e até mesmo na moral da criança. Elas também auxiliam no processo de desenvolvimento da linguagem, ampliando o vocabulário e incentivando a descoberta de novas palavras e significados. Por fim, mas não menos importante, ajudam a desenvolver o hábito da leitura.

    Esse é o poder das histórias. Mas por que decidi falar sobre isso? É simples. Se você chegou até este site e se interessou por esse artigo, é provável que esteja considerando a possibilidade de contar histórias. Talvez queira viver disso. Então precisa saber que você tem uma arma em suas mãos e uma responsabilidade social gigantesca. Ao mesmo tempo, não deve se assustar com isso. Contar histórias é divertido e, se não for, algo está errado.

    O storytelling, ainda que você não saiba o que essa palavra significa (falaremos mais sobre isso em outros artigos), faz parte de você e da sua formação como humano. Então, se você é humano, você ama histórias. E, se você ama histórias, está apto para contá-las. E, se você está apto para contá-las, por que ficar em silêncio?

    Como começar a ganhar dinheiro ou aumentar o seu faturamento como escritor; cinco dicas fundamentais

    Não é de hoje que a autopublicação se tornou uma das formas mais efetivas de ganhar dinheiro como autor, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. As grandes editoras, com suas porcentagens irrisórias para os autores, acabaram perdendo o tudo o que as tornava especiais: logística, praticidade e qualidade. Hoje em dia, é possível obter tudo isso por conta própria, de forma mais barata e garantida.

    Por exemplo, enquanto a maior parte das editoras oferece algo entre 5% e 10% de lucro para os autores, sites como a Amazon oferecem até 75% dos royalties do seu livro. E ainda existe a vantagem de que você pode publicar automaticamente, sem intermediários, e já começar a lucrar. Tudo o que você precisa é de um mínimo de estratégia, planejamento e de uma visão clara de futuro.

    Como começar a ganhar seus primeiros tostões, vai entender que, apesar de não ser simples, este caminho também não é tão complicado quanto parece. O Brasil não tem a quantidade ideal de leitores que deveria, mas ainda tem muita gente interessada em bons livros e conteúdos realmente relevantes. Cabe a você encontrar estes leitores.

    Outro detalhe importante é abster-se de comparações. Muitas vezes, somos impelidos a comparar o nosso sucesso com o de grandes autores e a pensar que estamos fazendo as coisas do jeito errado. Mas você nunca deve pensar assim. Ninguém precisa de milhões de dólares para ser um autor de sucesso.

    Pense em quanto você ganha hoje em dia, com o seu trabalho convencional. Se conseguisse ganhar a mesma quantidade com seus livros, você seria mais feliz, não é mesmo? Então comece com essa meta.

    E enquanto você trabalha para alcançar este objetivo, concentre-se em produzir melhor livro possível, aquele que as pessoas vão querer ler. Neste artigo eu vou te dar cinco dicas práticas para te ajudar a começar a ganhar dinheiro como autor.

    01. Escreva pensando no mercado

    Muitos autores novatos cometem o erro infantil de escrever apenas o que querem, mas se esquecer do que o leitor (e o mercado) querem. Isso não quer dizer que você deve mudar toda a sua escrita para se adaptar ao mundo, mas o contrário também é verdadeiro: o mundo também não vai se adaptar aos seus gostos. Você precisa encontrar um equilibro entre as suas ideias e os anseios do mercado.

    Comece seu trabalho tentando identificar quem é o seu público-alvo. Esse é o passo inicial básico para qualquer negócio que vise lucro e, a partir de hoje, você precisa encarar a sua escrita com um negócio lucrativo. Existem alguns passos para chegar neste público, o seu “leitor ideal”, mas eu vou abordar isso em outro artigo. Confira apenas algumas dicas básicas.

    Busque em sites, fóruns e grupos por livros semelhantes ao que você está escrevendo. Então analise a forma como os leitores destes locais se comportam em relação a esses livros. Do que eles gostam e do que não gostam nas histórias? Observe os reviews e as críticas publicadas. Elas não devem ser a base sólida da sua história, mas podem tem ajudar a ter um norte sobre o que fazer e o que não fazer.

    Se muitos leitores estiverem publicando coisas como “odiei o final pessimista deste livro” ou “o final ficou muito confuso”, isto deve soar como um indício de que, talvez, este público não esteja preparado para finais mirabolantes. Neste caso, o básico pode ser a melhor alternativa.

    Outra opção é pesquisar sobre os livros parecidos com o seu no Twitter e no Instagram. As postagens publicadas nas redes podem ser brutalmente mais cruéis, mas também dirão o que a maior parte dos leitores realmente pensa. Isso também pode te ajudar a medir a popularidade de uma obra.

    Por fim, acompanhe as listas de mais vendidos no Brasil. Você pode conseguir essa lista no site da PublishNews, uma publicação nacional especializada no mercado editorial. Inclusive, se você ainda não conhecia este portal, sugiro que acompanhe as publicações, porque elas abrirão sua cabeça para o mercado.

    02. Invista na edição profissional e no design do livro

    Autopublicar não significa que você mesmo precisa fazer tudo. Muito pelo contrário. Se você não é designer, deve delegar essa função para algum capacitado. Esqueça aquele ditado popular “não compre um livro pela capa”. Na vida real, as pessoas COMPRAM os livros pela capa. Principalmente na internet, onde isso é tudo o que elas tem. Se o seu design de capa não for profissional e não fazer jus à sua obra, as pessoas simplesmente não vão comprar.

    Eu já vi livros de fantasia utilizando imagens dos filmes do Senhor dos Anéis em sua capa. Além de ser um crime, isso também é uma burrice. Pode confundir o leitor ou deixar bem claro que a obra é amadora.

    O trabalho de design editorial é muito mais profundo do que escolher uma foto bonita e uma fonte agradável. Um bom designer será capaz de transmitir os sentimentos que sua história passa através da tipografia, das imagens, sejam elas ilustrações ou fotos, das cores, do contraste e de muitos outros elementos.

    Outro ponto importante é a edição, um processo que vai muito além e corrigir os erros de gramática. Atuei como editor por alguns anos e, ainda assim, não consigo editar meus próprios livros. Essa é uma tarefa quase impossível, para ser sincero. Quando escrevemos um livro, acabamos viciados na história e isso nos impede de ver os defeitos. É por isso que você precisa que outra pessoa analise seu trabalho.

    Há grandes editores freelancers no Brasil e eu recomendo a Claudia Lemes, uma profissional com muita experiência. Eu já fiz alguns cursos com ela e posso atestar a competência. A Claudia, inclusive, é a fundadora da Aberst, a Associação Brasileira de Escritores de Romance Policial, Suspense e Terror. Se ainda não conhece, sugiro que procure mais informações sobre esta associação, porque ela pode ser muito útil.

    03. Publique vários livros

    A matemática é básica. Quanto mais livros você publicar, mais chances terá de vender e mais dinheiro poderá ganhar. Se você não é milionário, não pode se limitar a um livro a cada três ou quatro anos. Pelo contrário. Deve lançar um ou mais livros por ano, ou seus leitores se esquecerão de você. Vivemos em um mundo onde as coisas vem em vão num ritmo acelerado. Manter-se relevante é muito difícil.

    Com uma série de livros, o trabalho de fisgar o leitor para seu universo fica mais fácil. Pense em livros que já fizeram isso, como Harry Potter, Percy Jackson, Jogos Vorazes, 50 Tons de Cinza e muitos outros. Você também pode criar séries em que os personagens variam, mas que seguem um mesmo mote. É o caso da clássica Goosebumps, criada por R. L. Stine, e que já tem mais de 230 livros.

    Então, mesmo que você ainda esteja escrevendo seu primeiro livro, pode ser um bom momento para começar a planejar uma possível série. Para isso, considere o seguinte:

    • Pense no que pode acontecer com o seu protagonista depois dos eventos do primeiro livro. Tudo pode desencadear um desafio ainda maior;
    • Expanda a história, mas tente não soar forçado. Uma boa ideia é considerar que a história do primeiro livro foi só um estágio inicial para um evento realmente maior e mais perigoso;
    • Considere mudar o protagonista do seu livro: transforme o vilão no herói ou o herói no vilão;
    • Você pode escrever uma nova história história no mesmo universo utilizando os personagens secundários do primeiro livro (popularmente chamada de spin off);
    • Você pode criar uma história totalmente nova, mas que ainda se passa no mesmo universo. Pode se passar anos, séculos, milênios antes ou depois da história original. Mesmo sendo tecnicamente uma nova série, o fato de ser interligada pode atrair os leitores dos livros originais.

    Se você escreve livros de não ficção, eu também tenho algumas dicas:

    • Existe algo a mais para ser dito sobre este mesmo assunto? Se sim, lance outro livro como sendo o segundo volume;
    • Existe uma nova área dentro do mesmo assunto que foi descoberta recentemente ou que você não teve tempo de abordar no primeiro livro? Transforme-a no assunto principal do próximo livro;
    • Qual é o próximo passo para o aprendizado depois que o leitor já sabe o que você ensinou? Pense no seu próprio processo de aprendizado. Por exemplo: se o seu primeiro livro foi sobre como abrir uma empresa, o segundo pode ser sobre como expandir os negócios de uma empresa;
    • Descubra o que mais os seus leitores querem saber. Realizar pesquisas ou enquetes pode ser uma boa fonte de assuntos para o seu próximo livro. Se você é jornalista e escreveu sobre um crime, pode querer escrever outros livros sobre outros crimes que despertam interesses no público.

    04. Ofereça serviços relacionados ao livro

    Eu já disse neste artigo que os livros são apenas uma das formas que um escritor tem de ganhar dinheiro. Há outras fontes de renda que, em alguns casos, se tornam muito mais lucrativas do que os livros em si. Mas, neste tópico, vou falar de algumas formas de ganhar dinheiro com temas baseados no seu livro. Essa dica funciona muito bem para autores de não ficção, mas também cai como uma luva para autores de ficção. Continue lendo e você vai entender do que eu estou falando.

    Coaching e consultoria

    O termo coaching anda meio queimado, mas ele até que tem seus méritos. Se você é um arquiteto e escreveu um livro sobre como desenhar casas mais bonitas utilizando um software específico, pode desenvolver um serviço de coaching ou de consultoria para outros arquitetos e empresas que querem ir além do conteúdo do livro. Esse tipo de serviço pode até mesmo alavancar o seu status e a sua autoridade sobre o tema.

    Cursos e seminários

    Cursos e seminários, sejam eles presenciais ou físicos, individuais ou em grupo, são excelentes fontes de renda para escritores. Ainda pensando no exemplo anterior, do arquiteto, você pode usar seu livro como base para desenvolver um curso completo online, que pode te render muito dinheiro. Nesse caso, você pode usar seu próprio livro como material didático.

    Ghostwriting

    Já falei sobre esse serviço neste artigo, mas vou reforçar porque é uma área realmente lucrativa e com muita demanda. As pessoas pagam caro para quem se dispõe a fazer o trabalho pesado por elas. Mas é importante que você saiba que este trabalho não gera nenhum reconhecimento, uma vez que o ghostwriter (escritor fantasma, em tradução literal) produz conteúdos específicos em nome de outras pessoas ou organizações.

    Ou seja: você escreve, mas assina como se fosse outra pessoa. Grandes sucessos do meio editorial, principalmente autobiografia de artistas, foram, na verdade, escritos ghostwriters.

    05. Nunca pare de escrever (e de aprender)

    Já te disse várias vezes que (infelizmente) não existe uma fórmula secreta para se tornar um escritor de sucessor. Ate porque a própria noção de sucesso é relativa. Mas existe uma coisa que todos os autores realizados têm um comum: eles se esforçam muito e nunca param nem de aprender e nem de escrever.

    Até hoje há obras inéditas de Tolkien sendo lançadas, pelo tanto de textos que ele escreveu ao longo de sua vida. Stephen King, que já é multimilionário, lança um ou mais livros todos os anos, desde que se tornou um escritor profissional. É claro que você não precisa escrever num ritmo frenético, mas deve seguir a frase que já se tornou meu mote pessoal: escritores escrevem.

    Inspire-se nos grandes autores, mas desenvolva sua própria rotina de escrita e de estudos. Escreva com a maior frequência possível. Escreva todos os dias, se puder. Pode levar semanas, meses ou até mesmo anos, mas, se você não se auto sabotar, pode ganhar a vida como escritor. E, quem sabe, não seja um dos próximos best sellers mundiais. Eu torço por você.

    Minha Masterclass 100% gratuita sobre criação de personagens para livros, filmes, séries e HQs

    Suas histórias não decolam? Está cansado de passar dias e mais dias escrevendo mais nunca se satisfazer com os conteúdos que produz? Seus personagens simplesmente não são capazes de gerar empatia nos leitores? Ou pior do que isso: você sequer consegue leitores para suas obras?

    Se você disse sim para pelo menos uma destas perguntas, eu tenho a solução. Assista o vídeo abaixo para entender mais:

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    Os três principais erros que te impedem de construir sua carreira de sucesso como escritor

    Errar é tão importante quanto acertar e as pessoas tendem a desvalorizar o poder transformador do erro. Porém, alguns deslizes que cometemos não são construtivos e só servem para nos afastar dos nossos objetivos.

    Muitas pessoas vem até o meu site e o meu canal no YouTube em busca de dicas para escrever melhor. Eles querem aprender o que devem fazer, quais estruturas podem usar, como acelerar a escrita, e coisas do tipo. Talvez você seja uma dessas pessoas e, se for, quero te parabenizar: você está no caminho.

    Mas há outro detalhe que você deve considerar: tão importante quanto saber o que fazer é saber o que não fazer. Alguns erros são cruciais e podem destruir sua carreira antes mesmo que ela se inicie. É por isso que, neste pequeno artigo, vou te mostrar os 3 principais erros que os escritores iniciantes comentem e te dar dicas muito simples de como se livrar destes problemas.

    01 – Complicar mais do que o necessário

    A coisa mais comum para o escritor iniciante é complicar demais um trabalho que deveria ser fácil. Isso se justifica pelo medo de soar infantil, bobo ou desinteressante. Mas as consequências acabam sendo ainda piores do que o mal que se tentava evitar.

    Em primeiro lugar porque, quanto mais complicada for a sua história, menos chances você terá de terminá-la. Acredite em mim, porque isso acontece até mesmo com escritores consagrados. Afinal, durante o processo inicial de escrita, ainda não temos uma visão muito clara da história e é preciso experimentar. É para isso que existe a edição, mas essa etapa tende a ser negligenciada pelos novatos.

    Lembre disso: tramas, personagens e ideias complicadas não são o mesmo que tramas, personagens e ideias de qualidade. Muito pelo contrário. Quanto mais simples for a sua história, mas chances ela terá de ser absorvida pelos leitores. Obviamente, isso também não quer dizer que sua história precisa ser ingênua.

    Grandes autores são os que desenvolvem a capacidade de intercalar complexidade com simplicidade. Sugiro que leia a saga do Guia do Mochileiro da Galáxia. Nela, o escritor inglês Douglas Adams dá uma aula de como falar sobre temas complexos de uma forma descomplicado e amigável.

    02 – Preocupar-se demais com o estilo

    Num primeiro momento, você simplesmente não terá estilo. Isso porque o estilo se desenvolve a medida em que você aprende, experimenta, acerta e fracassa. Mas os iniciantes costumam se preocupar demais com a ideia de impressionar com frases lindamente construídas ou estruturas mirabolantes.

    Esqueça isso agora. O importante é escrever e finalizar seus textos. Deixe sua mente livre e preocupe-se apenas com a fluidez do seu trabalho. Nem mesmo os erros de gramática devem te afetar agora, porque você pode se preocupar com isso na revisão.

    Se a palavra perfeita não surgiu, escreva qualquer outro sinônimo e siga em frente. Não pare para pesquisar. Não interrompa seu fluxo de pensamento. Você não precisa soar como o Machado de Assis no seu primeiro rascunho. Você só precisa se livrar das ideias que estão na sua cabeça.

    A essência do seu conteúdo é muito mais importante do que a forma como ele será transmitido, principalmente no primeiro tratamento do texto. Você sempre poderá reescrever, editar, revisar…

    Afinal, como diz o ditado, escritores não terminam livros, eles o abandonam.

    03 – Não se preocupar com uma abertura cativante.

    Eu escrevi um artigo inteiro sobre esse assunto, que você pode ler aqui, mas vou resumir algumas ideias neste tópico. É importante que você saiba que não importa a idade nem a experiência do escritor: quando o assunto é a escrita de um romance, o primeiro e o último capítulo sempre são os maiores temores.

    Criar situações que façam com que o leitor queira continuar acompanhando seus personagens é uma tarefa árdua, que consome muito tempo e exige uma habilidade quase sobre humana. E a maioria dos autores fracassa miseravelmente nesta tarefa, fazendo com que seus livres se transformem em peças decorativas em estantes e acumuladores de megabytes em kindles.

    A falta de situações interessantes para o leitor sempre ocupa a primeira posição na lista de motivos para se abandonar um livro. Mas não tenha dúvida quanto a isso: o seu primeiro capítulo PRECISA SER FODA! Ele não pode ser apenas bom. Ele tem que explodir cabeças.

    Para isso, se atente a CINCO detalhes:

    • Apresente o seu protagonista
    • Faça os personagens se movimentarem
    • Coloque as coisas em jogo
    • Defina o ponto de vista da história
    • Defina o gênero da obra

    Se o seu primeiro capítulo conseguir inserir esse cinco itens de uma forma harmônica e se você desenvolver uma trama interessante e personagens marcantes, é provável que faça seus leitores se apaixonarem. E, como regra geral, comece a sua história exatamente no ponto onde ela começa a ficar interessante. Nem antes e nem depois.

    Conclusão

    É claro que há muitos outros erros que você deve evitar e esses são apenas os básicos. Mas, se conseguir fugir dessas armadilhas, terá feito muito mais do que a maioria dos outros escritores, com quem você batalha pela atenção dos leitores.

    A maioria dos escritores e escritoras acha que basta sentar e escrever. Que não é preciso estudo, análise e autocrítica. Mas são essas atitudes que farão você crescer. Por isso, tente identificar os pontos negativos do seu trabalho, aprenda com os erros e busque evolução. É o que eu faço todos os dias e tem dado certo.

    Se você gostou das dicas e acha que elas podem te ajudar, compartilhe sua opinião nos comentários. Vou adorar ler e conhecer sua opinião.

    Então é isso. Obrigado pela visita, volte sempre e boa escrita. 🙂