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    O que é copywriting: quer entrar de cabeça neste mundo? Então comece por este artigo

    Desde que comecei a escrever neste site, há quase 10 anos, venho recebendo mensagens de pessoas que querem aprender um pouco mais sobre escrita criativa, storytelling e, mais recentemente, copywriting. Este último, um dos serviços mais lucrativos quando falamos de escrita, se tornou essencial para todas as pessoas e empresas que querem ser vistas e lembradas.

    Principalmente para aqueles que querem vender seus produtos e serviços na internet ou em mídias ofline.

    E foi justamente para suprir essa demanda que eu decidi criar uma nova seção neste site, focada exclusivamente em copywiting e dedicada a todos que querem entrar na profissão ou aprender um pouco mais sobre o tema.

    Vamos lá?

    Copywriting, copywriter e copy

    O primeiro passo é entender as nomenclaturas, por que o inglês pode confundir um pouco. O jeito mais fácil de entender a base é o seguinte:

    • Copywriting: o termo que descreve o serviço
    • Copywriter: quem faz o serviço
    • Copy (ou carta de vendas): o produto do serviço

    Muitas vezes, o termo copywriting é traduzido como “redação”, “anúncio” ou “texto publicitário”. Mas todos estes termos estão certos e errados ao mesmo tempo. Uma copy realmente pode ser um texto publicitário, mas ela também pode carregar muitos outros elementos e ser usada com outros objetivos.

    É esta ambiguidade de significados que faz com que a profissão seja difícil de ser compreendida pelos iniciantes. Mas uma coisa ninguém consegue negar:

    O copywriter é um profissional essencial hoje em dia.

    É virtualmente impossível lançar um produto, principalmente na internet, sem a presença de um bom copywriter para criar os textos. Você pode até tentar, mas há uma grande chance de que o seu produto fracasse gloriosamente.

    Embora a copy e o texto de ficção carreguem algumas semelhanças, em essência, eles são completamente diferentes. Os dois possuem altos níveis de complexidade e exigem muito empenho e estudo por parte do autor. Escrever bem ou ser um ótimo romancista não faz de você um bom copywriter. O contrário também é verdadeiro.

    O que é Copywiriting

    É importante deixar claro que, embora possa ser traduzido como “cópia”, uma copy não é isso. Esse termo me confundiu muito no começo, mas vou tentar tirar essas dúvidas da sua cabeça.

    O criador do termo foi um escritor americano chamado Noah Webster. Entre outras coisas, esse autor foi responsável por uma reforma ortográfica na língua inglesa. Segundo ele, uma copy podia ser definida como “algo original, que deve ser imitado na escrita e na impressão”.

    Logo de cara, o termo gerou confusão e acabou sendo abandonado pelos linguistas… mas não pelos jornalistas da época, meados de 1870, que não pararam de usar o termo e fizeram com que ele se tornasse popular. A partir daí, o profissional que escrevia anúncios para os jornais passou a ser conhecido como copywriter, para que fosse diferenciado dos repórteres, que escreviam notícias.

    A coisa mudou um pouco com o tempo. Hoje em dia, o copywriter está tão longe de um redator publicitário quanto está de um jornalista. Grande parte desta mudança veio com o surgimento da internet e a ascensão meteórica do Marketing Digital.

    Definição de Copywiriting

    Há dezenas de definições sobre o que é copywriting. Centenas, talvez, o que também dificulta as coisas. No Brasil, também existe o problema de que há poucos livros de qualidade sobre o tema em português.

    No fim deste artigo, eu anexei uma pequena lista de referências bibliográficas, mas já começo pelo ”Copywriter de Elite”, do autor Thiago Ribeiro. Segundo ele:

    Copywriting é uma técnica poderosa que permite promover coisas como produtos físicos, digitais, negócios, eventos, empresas e até mesmo pessoas.

    Também há outros autores que resumem tudo isso dizendo que copywriting nada mais é do que criar textos que vendem. Eu discordo disso e prefiro dizer que:

    Copywriting é o ato de criar textos que convencem.

    É uma mudança sutil, mas que faz toda a diferença pelo simples fato de que, hoje em dia, ninguém quer comprar nada. Estamos cansados de pessoas querendo vender, vender e vender, no melhor estilo Ciro Bottini. O que queremos são pessoas que nos ofereçam conteúdos incríveis, com valor.

    Quando existe valor, o preço não importa.

    É por isso que grandes empresas como a Apple, a Netflix ou a Amazon se esforçam para “se livrar” dos clientes e conseguir fãs. Sabe por que? Fãs não tem escolha. Eles compram tudo o que você vende. Eles acreditam cegamente em você. Eles te defendem até quando você erra e lutam por você.

    Uma boa copy não vai ser apenas capaz de vender. Ela deve convencer o cliente ao nível de transformá-lo em um fã incondicional da marca. Deve mostrar que não há outra escolha lógica além daquela proposta no texto. Dessa forma, o usuário não vai comprar o produto/serviço simplesmente porque ele é barato, mas porque ele tem um alto valor.

    E valor e preço são coisas diferentes… Mas eu vou falar sobre isso em um outro artigo. Como diria o Didi, aguarde e confira.

    Convencer para vender

    Agora vamos deixar uma coisa bem clara: quando usamos uma estratégia de copywriting, no fundo, estamos tentando convencer o leitor a comprar algo. Geralmente, é um produto ou um serviço, mas também pode ser uma ideia.

    Então, não seja ingênuo. Vender é sempre o objetivo final.

    Um dos diferenciais do copywriting é que, além de usarmos técnicas eficientes de convencimento, como gatilhos mentais, também usamos o que há de melhor do storytelling. Usamos uma história interessante para convencer. Algumas pessoas também costumam dizer que o copywriter tenta vender sem vender.

    O storytelling justifica o tamanho da maior parte das cartas de venda que encontramos quando estamos diante de algum curso ou serviço na internet. Aquele texto foi pensado de uma forma que ele possa contar uma história. E, se você for tocado por essa história, há uma grande chance de que queira saber mais e… comprar.

    O foco sempre será fazer com que o leitor tome uma atitude específica. Que realize uma ação, seja ela qual for.

    Essa atitude pode ser baixar um ebook, curtir um vídeo, seguir um perfil nas redes sociais… Qualquer coisa. Mas, em algum momento, você vai querer que ele compre algo, porque ninguém trabalha de graça.

    Vendas são um aspecto importante do copywriting. São o fim desejado sempre e devem ser o foco de cada linha do texto. Mas isso só será feito com perfeição se houver algo a mais. Se o leitor tiver muito mais a ganhar do que ele teria assistindo a um anúncio na TV ou rolando o feed do Instagram.

    Então, copywriting é o ato de criar textos que convençam o leitor de que você tem a melhor solução para a dor dele… E depois convencê-lo a comprar essa solução.

    Isso desmente o que eu disse no tópico anterior? Claro que não. Só quero que você entenda que a copy só funciona bem quando ela é capaz de moldar um relacionamento sólido com o cliente, fazendo-o se tornar um fã.

    Textos como ”compre isso” ou ”está muito barato” não funcionam desta maneira, porque são genéricos. Formam muito úteis há 50 anos, mas hoje são apenas uma ferramenta preguiçosa para quem tem preguiça de criar uma estratégia eficiente.

    Call to Action

    O item mais importante de uma copy sempre será o CTA (Call to Action – Chamada para a ação). Será através dele que você dirá para o leitor o que quer que ele faça, que atitude quer que ele tome, com base na estratégia que foi estabelecida.

    Se o texto for eficiente, você já conseguiu cativar a atenção do leitor usando as técnicas certas de copywriting e o storytelling. Então ele estará pronto para tomar uma decisão.

    Em geral, o CTA pode ser algo tão simples como:

    Se você não quer perder nenhum conteúdo incrível como este, assine nossa newsletter para saber mais.

    Ou um pouco mais complexa, como:

    Eu não sei se eu vou conseguir manter este preço por muito tempo, ainda mais considerando a qualidade do conteúdo que estou te oferencendo. Por isso, clique agora mesmo no botão abaixo. Eu realmente não sei até quando as vagas vão durar. Na última vez que abri o carrinho, todas as vagas foram preenchidas nas primeiras três horas e eu estou achando que isso vai acontecer de novo agora.

    Não há uma fórmula secreta sobre como escrever uma CTA. Ela pode ser um texto cru, uma imagem, um formulário de contato ou de captação de endereços de e-mails. O mais importante é saber a hora certa de apresentar a chamada, porque se ela for colocada antes da hora, o leitor vai pensar: “ah, estão tentando me vender alguma coisa… vou cair fora”.

    O leitor não é burro e você não deve tratá-lo como tal.

    Conclusão

    Vou finalizar este artigo agora, mas ele é só o primeiro de uma série incrível, que vou começar a postar a partir da primeira semana de Agosto. Você realmente não perde por esperar. Eu garanto que você não vai conseguir encontrar de graça na internet o mesmo conteúdo que eu vou te apresentar aqui. Pode confiar.

    E para garantir que você não vai perder nada, Eu criei um grupo no Facebook, onde vou postar conteúdos diários sobre Copywriting, Storytelling e Inbound Marketing. É só clicar AQUI para conhecer.

    E agora vamos para o CTA deste post:

    Se você gostou deste artigo e conhece mais alguém que também pode gostar, seja uma pessoa legal e compartilhe! Não guarde as coisas boas só para você. Obrigado pela visita, volte sempre e boa escrita. 😀

    Quer escrever textos melhores? Comece a desenvolver estas 5 habilidades agora mesmo

    Quando comecei a escrever, acreditava que eu tinha um “dom” para a escrita. Acreditava que não precisaria passar horas e mais horas estudando, porque já tinha o básico para me tornar um grande escritor: eu tinha boas ideias e sabia escrever relativamente bem.

    O tempo passou e, obviamente, a realidade explodiu na minha cara: escrever bem é só uma parte (bem pequena, na verdade) do processo de se tornar um escritor. E ter boas ideias, como já te disse antes, não representa absolutamente nada nessa jornada.

    Todo o resto pode ser resumido em uma única coisa: trabalho duro.

    Escrever requer muita prática. Muita, muita, muita, muita prática. Não adianta escrever um único livro e já acreditar que se é o novo Tolkien ou a nova J.K. Rowling. Nada é mais longe da realidade.

    Por acaso um pianista se torna um bom músico apenas tendo boas ideias? NÃO! Ele precisa de anos de treino para se aprimorar, aprender novas técnicas, teorias, ritmos e harmonias. E, ainda assim, haverá centenas ou milhares de músicos melhores do que ele, disputando uma vaga onde quer que ele queira tocar.

    A parte boa desta história é que, hoje em dia, a maior parte dos aspirantes a escritores já se tocaram do fato de que, sem trabalho duro, não há resultado. E sem estudo, não há evolução. Se você chegou até aqui, é porque também pensa assim. Então, parabéns! Você está certo.

    As cinco habilidades do escritor

    Todo escritor, seja ele um autor de histórias de ficção, um jornalista, um copywriter, um redator freelancer ou uma mistura de todos esses, precisa desenvolver cinco habilidades específicas. É claro que cada um pode desenvolver mais ou menos cada uma destas habilidades, mas é importante estudá-las com afinco.

    Porém, não vá com sede demais ao pote. Concentre-se em cada um delas por um período e só então parta para a próximo. Isso é importante para que os assuntos não se confundam na sua cabeça e o estudo não se transforme em um novo problema.

    Embora haja vários artigos sobre cada uma das habilidades neste site (e eu continue atualizando com frequência), sugiro que você não se limite. Há vários livros, cursos e até mesmo canais do YouTube sobre cada um dos temas. O importante é não deixar a mente enferrujar.

    Habilidade $01 – Estruturar suas histórias

    Grandes autores já disseram que não estrutura seus textos e isso cria o estigma de que é só sentar e começar a escrever. Sentar e escrever, de fato, é importante, mas você precisa colocar a casa em ordem primeiro. Principalmente se estiver começando agora e nunca concluiu uma história longa.

    Estruturar é o mesmo que planejar. A grosso modo, você deve escrever um resumo e saber o que via acontecer em sua história antes de começar a escreve-la. Não importa o gênero. Vale até mesmo para artigos em blog. Quanto mais você sabe sobre o texto, mais fácil ele vai fugir da sua cabeça.

    Mas também é preciso cuidado para não inverter a situação. O excesso de planejamento é um dos grandes causadores de desistência dos autores iniciantes. Isso porque eles passam anos planejando e estruturando suas histórias, mas nunca escrevem nada. Eu sofro muito com isso, infelizmente.

    Habilidade $02 – Criar pontos de vista

    A dúvida mais comum de praticamente todos os autores iniciantes é uma só: eu devo escrever minha história em primeira, segunda ou terceira pessoa? Não é pra menos. Isto que chamamos de Ponto de Vista do autor é um recurso que pode salvar ou destruir uma história, por melhor que ela seja.

    Há livros que misturam estes conceitos, com capítulos em primeira pessoa (EU) e outros em terceira (ELE). Há alguns, muito experimentais, que usam a segunda pessoa (VOCÊ) e isso gera conflitos interessantes.

    A principal dica neste caso é saber o que você quer com a sua história. Onde você quer chegar e que ideias quer transmitir. Este é o principal (mas não o único) elemento de decisão para a escolha do ponto de vista.

    Habilidade $03 – Desenvolver os diálogos

    Recentemente, escrevi um artigo que gerou uma ótima repercussão, falando sobre as seis funções básicas do diálogo. E preciso repetir aqui o disse lá: bons diálogos podem salvar qualquer obra.

    Você pode duvidar de tudo o que eu já disse até hoje, mas não duvide disso. Afinal, mesmo que você seja o mestre das descrições, mesmo que construa uma trama complexa e cheia de personagens interessantes, se seus diálogos forem fracos ou artificiais, ninguém sentirá empatia pela sua obra.

    É óbvio que bons autores podem criar histórias primorosas sem uma única linha de diálogo, mas achar que você é um deles em seu primeiro livro (além de arrogante) é um tanto quanto arriscado. Escrever exige prática. É um jogo, com muitas tentativas e muitos – muitos mesmo – erros.

    A primeira coisa que você precisa saber sobre diálogos é que eles não são uma conversa tradicional, como a que estamos acostumados a ter.

    Habilidade $04 – Gerar emoções

    Lembre-se daquele conselho batido (mas verdadeiro) que sempre ouvimos: o escritor precisa mostrar, não contar. Mas… Por que? A resposta é simples. Quando você mostra, faz com que o leitor entre na história e sinta as mesmas emoções que o personagem.

    E essa é a palavra chave: emoção.

    As pessoas leem livros porque querem se emocionar. Querem sentir medo, alegria, tristeza, raiva, desespero e prazer. Querem sentir coisas que nunca sentiram ou coisas que não conseguem sentir de outra forma.

    Não seja cético. É puramente possível despertar emoções profundas com algumas linhas de texto em um romance. É por isso que ”Cinquenta Tons de Cinza” fez tanto sucesso, goste você ou não.

    Habilidade $05 – Criar Plot Twist

    Se tem uma coisa que você nunca ouvirá de um leitor é: “o final dessa história foi tão previsível, mas eu adorei”. E eu nem preciso explicar o motivo, não é mesmo? As pessoas querem ser surpreendidas. Elas leem livros justamente para vivenciarem experiencias novas, para se emocionarem. Quando falamos de um thriller, então, a surpresa torna-se um item obrigatório.

    Na literatura, a surpresa funciona como se fosse a recompensa para o leitor que decide encarar a árdua tarefa de ler um romance. Quando alguém começa a ler um livro, imediatamente ela espera ser surpreendida em algum momento, seja pelo plot inovador, seja pelo final inesperado.

    E quando a surpresa acontece através de um plot twist bem construído, a coisa fica ainda melhor.

    Conclusão

    Escrever é um trabalho árduo e você precisa praticar todos os dias, não importa o quão bom você seja… ou pense que é. Tenha em mente que os leitores sempre serão capazes de identificar um bom escritor, com bagagem cultural e técnica, e um escritor medíocre, porque isso ficará explícito no texto.

    Isso também não quer dizer que você precisa ficar bitolado com a ideia de aprender cada vez mais antes de começar a escrever. A melhor maneira de aprender é escrever sem parar e errar muito. E, entre um escrita e outra, ler algumas coisas que outros autores já escreveram.

    Então é isso aí. Obrigado pela visita e boa escrita. 😀

    MARKETING PESSOAL: conheça os cinco passos fundamentais para divulgar seu trabalho como escritor

    Há muitos e muitos anos, o escritor tinha uma única tarefa: escrever. Tudo o que ele precisava fazer era produzir uma boa história, conseguir uma editora (o que nunca foi fácil) e deixar que outras pessoas se preocupassem com a promoção e a publicidade desta obra.

    Mas eu nem preciso dizer que os tempos mudaram, não é? Esses dias foram a muito tempo e, certamente, não voltam mais.

    Hoje, uma das principais tarefas do autor é promover intensamente o seu trabalho, tanto pessoalmente quanto nas redes sociais. A autopromoção é tão fundamental para se obter sucesso na escrita quanto a criação de uma história marcante ou o bom uso do português.

    E não importa se você é o Zé Lelé ou o Paulo Coelho. Todas as pessoas que planejam ou sonham viver da escrita precisam conhecer e aceitar essa realidade.

    O fato ainda mais triste dessa história toda é que, de uma forma geral, escritores são péssimos quando o assunto é marketing. Alguns se escondem em um castelo e acham que um aceno da janela é suficiente para agradar os leitores. Outros se consideram tão talentosos que sequer acenam.

    E uma grande maioria faz o extremo oposto. Enchem seus perfis nas redes sociais com propagandas e autopromoção, como se isso pudesse obrigar algum a comprar os seus livros.

    E mesmo que, para alguns escritores com muita sorte, o marketing pessoal e a promoção de suas obras soe tão natural quanto a respiração, para a maioria dos mortais, esta é uma tarefa ingrata e assustadora. Ainda assim, é uma tarefa que deve ser realizada diariamente.

    Você deve ter uma rotina diária de dedicação a escrita. Uma ou duas horas por dia, se segue as minhas dicas. Mas acho improvável que gaste pelo menos 10 minutos do tempo que passa nas redes sociais para promover o seu trabalho da forma correta.

    Mas não preocupe. Hoje nós vamos mudar isso.

    Abaixo, vou te apresentar cinco dicas incríveis que vão te ajudar a melhorar o marketing da sua obra, começando pelo item mais importante: você. O marketing pessoal é a chave para que suas obras soem atrativas para os leitores, uma vez que grande parte da decisão de compra se dá pelo nome do autor.

    As pessoas compram os livros dos escritores e das escritoras que eles gostam e admiram. Mas… como se tornar admirável?

    É o que vamos descobrir.

    01 – Crie metas realistas

    A primeira dica não poderia ser diferente. Mantenha seus pés no chão e seja realista com os objetivos que você quer alcançar. Escritores que realmente estão comprometidos com a escrita já tem familiaridade com a ideia de metas pequenas para alcançar um grande objetivo. Com o marketing pessoal a coisa é bem parecida.

    Não tente conseguir 1000 seguidores no Instagram em uma semana ou aumentar suas vendas em 20% no próximo mês. Isso não é impossível, é claro, mas é bem difícil. Ainda mais se você precisa conciliar seu tempo entre a carreira de escritor e um trabalho formal que te consome oito horas diárias.

    Ao contrário disso, defina metas mais simples e possíveis, como;

    • Publicar pelo menos dois stories por dia sobre meu livro;
    • Enviar meu livro para um blogueiro/youtuber literário todas as semanas;
    • Produzir pelo menos um artigo por semana em meu site;
    • Estimular a interação entre meus seguidores.

    São objetivos simples, mas que tem um efeito gigantesco quando olhamos em futuro. Quando atingir esses objetivos, suba o nível. Atingir objetivos menores nos dá a confiança necessária para tentar alcançar objetivos mais difíceis.

    Por falar nisso, você está me seguindo nas redes sociais? Eu estou no Instagram, no Facebook e no YouTube.😀

    02 – Encare a escrita como um trabalho

    Eu sei que você deve ter um outro emprego, que coloca a comida dentro de casa, e que a escrita ainda é apenas um sonho distante. E, por esse motivo, tanto a escrita quanto o seu marketing pessoal acabam ficando de lado em alguns momentos da sua vida. Isso acontece com todo mundo.

    Mas é importante tomar uma decisão que só cabe a você: passe a encarar a escrita como um trabalho de verdade.

    Você não precisa abandonar tudo para viver seu sonho de ser escritor ou escritora. Mas precisa separar um momento do seu dia para investir neste sonho. Uma ou duas horas, como eu disse antes. E não venha me dizer que não consegue, porque eu sei que dá. Já passei por situações terríveis, em empregos que consumiam minha alma e, mesmo assim, conseguia manter uma rotina de escrita.

    Se você não se ver como um escritor, ninguém te verá. Parece alto-ajuda barata, mas não é. Acredite em mim.

    Crie hábitos concretos e não os rompa, por mais que deseje. Escreve mesmo quando não quiser escrever. Promova mesmo quando não quiser promover. Poste mesmo quando não quiser postar. Crie uma rotina, um hábito, para que as coisas possam acontecer. Sem sacrifício e trabalho duro, nada dá certo.

    03 – Mantenha o que está funcionando e abandone o resto

    Com um conhecimento de nível básico do Facebook ou do Instagram, você já será capaz de medir o envolvimento do seu público em suas publicações. Muitos autores subestimam a importância destes dados e eu digo isso porque, durante muito tempo, eu também fui um deles.

    Mas o fato é que ignorar estes dados é dar sempre um tiro no escuro. Por mais talentoso que você seja, jamais será capaz de adivinhar o que eu o seu público quer e como ele reagirá às suas publicações.

    Também é importante descobrir qual rede social da mais retorno. Pode ser que você adore publicar no Instagram… mas será que os seus leitores estão lá? E se eles estiverem no Facebook, onde você nunca posta nada?

    Faça testes rápidos e opte pelas plataformas que gerarem mais resultados, mais interação e, se for o caso, mais vendas. Se o Twitter não está trazendo resultados, delete sua conta. Mas se as pessoas interagem com os seus stories e curtem os seus conteúdos no Instagram, tente postar com mais frequência.

    04 – Você não precisa começar do zero

    Há muitos cursos, livros, canais de YouTube que ensinam técnicas eficazes de marketing digital. Eu sei que você ouve o que eles falam quando eles aparecem em seu feed e pensa: isso é besteira. Esse cara está tentando me enganar.

    Em boa parte, isso pode ser verdade. Mas, seguir o caminho oposto e ignorar o que todo mundo está falando pode representar anos de esforço e, no pior dos casos, fracasso absoluto.

    O fato é que você não precisa reinventar a roda. Ela já existe e funciona muito bem.

    Busque conhecimento em todos os lugares que puder, afinal, há muita coisa gratuita por aí. E quando achar um conteúdo de valor que valha o investimento, arrisque. Conhecimento nunca é desperdício de tempo.

    Você não precisa caminhar sozinho. Não precisa começar do zero. Use técnicas que já foram testadas e comprovadas antes de querer inventar as suas próprias estratégias.

    05 – Use as ferramentas disponíveis

    Sabia que você pode programar todas suas publicações no começo da semana e deixa-las sendo postadas automaticamente, até mesmo os stories? Não é possível fazer isso nativamente, mas ferramentas como o mLabs e o Etus resolvem este e muitos outros problemas, para que você não passe o dia preocupado sobre o que precisa postar.

    A tecnologia existe para nos servir e você pode e deve usufruir destes benefícios. Não se transforme num tecnofóbico. Entregue-se de corpo e alma para todas as vantagens que os softwares e aplicativos fornecem.

    Se você não sabe usar o Photoshop ou não tem grana para pagar a assinatura mensal, use o Canva para criar suas artes. Ele é mais simples e tem recursos gratuitos. Quer editar seus vídeos antes de publicá-los? Você pode usar o Adobe Premiere, mas também pode edita-los pelo celular, porque há centenas de aplicativos gratuitos que fazem isso muito bem, como o FilmoraGo, o KineMaster e o Premiere Rush.

    Pesquise e busque referências. O que importa é sair do lugar.

    Conclusão

    Esse é só o primeiro passo na longa caminhada que é o Marketing Pessoal para escritores. O meu objetivo é que você entenda que, assim como as suas obras, você também é um produto e precisa ser “vendido” da forma correta. As pessoas compram o livro, mas também compram o autor.

    Sempre que vejo um livro do Stephen King dando sopa em uma livraria, eu compro, mesmo sabendo que pode ser ruim. Faço isso porque também sei que, na maioria da vezes, o livro será muito bom. O autor me vendeu essa confiança.

    Tente fazer o mesmo. Venda-se. E não veja isso como algo pejorativo, capitalista selvagem. Veja isso como uma forma de mudar de vida, criar autoridade e mostrar par ao mundo quem você realmente é.

    Afinal, caso não tenha ficado claro, Marketing Pessoal não significa mentir sobre suas características para enganar os leitores. Significa mostrar o que você tem de especial, para que eles queiram te conhecer melhor e consumir suas obras.

    Então é isso aí. Obrigado pela visita e boa escrita. 😀

    Será que alguém vai roubar minha ideia? Eu preciso ter medo disso? O que fazer?

    Quando comecei a escrever, logo senti vontade de mostrar para o mundo as obras de arte que estava produzindo. E, ao mesmo tempo em que essa vontade surgiu, também me veio o medo primordial dos artistas: e se alguém copiar a minha ideia? E se outro escritor frustrado e inescrupuloso roubar meu livro e o publicar como se fosse dele.

    Com o passar do tempo, descobri que eu não era o único a sentir esse medo. Na verdade, a grande parte dos escritores novatos acredita que suas ideias são tão fantásticas que eles sequer devem pronunciá-las em voz alta. Alguns tem até medo de escrever e esperam o momento exato para começar, como se isso existisse.

    Sobre isso, só posso dizer uma coisa, embora soe um pouco rude: caia na real!

    Em 2018, gravei um vídeo para o meu canal no YouTube chamado “Não fique obcecado pela sua ideia”. Você pode assisti-lo abaixo, mas já adianto que o conteúdo deste artigo é um complemento do vídeo. Um não substitui o outro, embora tenham a mesma finalidade: deixar claro para você que a sua ideia não vale nada!

    Antes de me xingar, assista o vídeo e leia o artigo. Depois, se ainda quiser me mandar para o inferno, pode fazer isso pelo Telegram, ou me mandando um e-mail.

    Em primeiro lugar, tenha uma coisa em mente: A IDEIA NÃO É SUA!

    Por mais genial que você seja, ideias não são propriedade de ninguém. Você não pode ir até um escritório de patentes e registrar um ideia. Isso porque ela não é absolutamente nada além de uma ideia. Ideias não tem utilidade nenhuma para o mundo. Não servem para nada. Ela só passarão a ter algum valor quando forem colocadas em prática.

    A ideia de um poço no meio do deserto não mata a sede de ninguém. É a água do poço já construído que mata. E é por isso que pessoas pouco criativas, mas com muita disposição para arregaçar as mangas e trabalhar consumam ser mais felizes do que pessoas que pensam muito mas nunca agem.

    É possível roubar uma ideia?

    Essa pergunta tem duas respostas: SIM e NÃO.

    Qualquer um pode roubar a sua ideia, mas jamais será capaz de desenvolve-la da mesma forma que você. A ideia em si é apenas o ponto de partida para algo muito maior e muito mais profundo. E a mesma ideia, abordada por dois escritores, pode gerar histórias completamente diferentes e únicas. Não acredita? Então confira esse exemplo:

    Ideia: Uma mãe, chamada Sarah, tenta proteger o seu seu filho de um homem que veio do futuro e que quer matá-lo.

    Que filme é esse? Aposto que você chutou “O Exterminador do Futuro”. Mas não é. Na verdade, essa é a ideia de “Looper: Assassinos do Futuro”.

    Um dos filmes é uma cópia do outro? De forma alguma, porque os dois são absolutamente diferentes e tratam de coisas diferentes. Mas a ideia base parece ser a mesma, não é?

    Quer mais um exemplo? Vamos lá:

    Ideia: Um pai solteiro, superprotetor, se envolve em várias situações perigosas em busca de um filho que foi sequestrado.

    Que filme é esse? Pode ser “Busca Implacável”, mas também pode ser ”Procurando Nemo”. Fora essa ideia base, você consegue ver alguma semelhança nas duas histórias? Também acho que não.

    O fato principal é que a originalidade não está na sua ideia, mas na forma como você decide executar esta ideia. Essa execução específica será única e será capaz de diferenciar a sua história das outras milhares que seguiram a mesma premissa.

    É por isso que sempre digo que uma ideia não pode ser roubada. Mas… E se alguém roubar o meu livro?

    Livros são assuntos mais complexos. Alguém realmente pode roubar o seu livro e dizer que foi ele quem escreveu. Tanto por completo quanto uma parte, um trecho ou um capítulo. Isso é raro, mas pode acontecer.

    Para evitar problemas, registre sua obra, quando ela estiver finalizada. Simples assim. Não tem segredos nem mistérios. Registre e será seu.

    Mas você jamais será capaz de impedir que outras pessoas desenvolvam histórias baseadas na mesma premissa que a sua.

    A mesma coisa, só que diferente

    Um conceito muito comum na ficção de gênero é a ideia de: a mesma coisa, só que diferente. O que isso quer dizer? Aquilo que eu já disse no tópico anterior. Você pode partir de um conceito batido e repetitivo para criar um história única e totalmente original.

    Isso ocorre porque, dentro de cada gênero, a base da histórias são quase sempre as mesmas, mas com execuções diferentes.

    Em um romance, o que vemos quase sempre é:

    Duas pessoas se encontram, se apaixonam, sofrem vários contratempos e complicações, se separam até que, finalmente, aceitam que se amam e ficam juntas.

    Essa mesma ideia é repetida a exaustão por milhares e milhares de escritores e isso não é ruim. Não gera histórias previsíveis. Mesmo que saibamos a estrutura básica, é a forma como cada autor executa uma ideia que faz com que ela seja única. Parta desse pressuposto quando for escrever suas histórias.

    Conclusão

    Pare de se preocupar com roubos ou cópias. Todos os autores iniciantes imitam outros autores em algum momento da vida. Isso é até mesmo necessário para o desenvolvimento do estilo e para o crescimento.

    E não se deixe paralisar pela possibilidade de ter a sua ideia roubada.

    Nesse exato momento, em vários lugares do mundo, há centenas escritoras e escritores empolgados com a mesma ideia que você. E todos devem estar achando que são especiais e que tem uma ideia única. Mas não tem. O que cada um fará com essa ideia é o que vai diferenciá-lo dos demais.

    Espero profundamente que seja você, que me lê agora.

    Cinco dicas fáceis – que você não pode ignorar – para tornar o seu texto mais simples e mais efetivo

    Segundo o dicionário, a palavra “rebuscado” significa: bastante aprimorado; esmerado, requintado. Isso poderia ter um teor positivo, se referindo a algo que foi tão bem preparado e produzido que exala classe e beleza. Porém, na maior parte das vezes, usamos este termo complexo quando precisamos dizer que um texto contém muitos termos complexos.

    Texto rebuscado, quase sempre, é sinônimo de texto chato, metido a besta.

    É claro que você pode tentar impressionar os seus leitores com construções frasais complexas, palavras impérvias e termos ínvios… Mas isso é bem difícil, como pode ter notado na frase anterior. O mais provável é que acabe irritando seus leitores, já que os obrigará a ler usando um dicionário. E eles certamente abandonarão a leitura para sempre.

    Claro que o oposto de um texto rebuscado não é um texto pobre. Mas sim um texto efetivo. O texto precisa ser simples e claro o suficiente para passar um mensagem sem controvérsias, mas também precisa ser bem construído, carregado de beleza e estética, tanto visual quanto fonética.

    Lembre-se disso: mesmo que uma imagem fale mais do que mil palavras, quando for descrever uma imagem, você não precisa usar essas mil palavras.

    Essa não é uma missão fácil, mas, neste artigo, vou te apresentar algumas dicas simples, mas que te ajudarão a escrever textos mais simples e eficientes.

    Vamos lá?

    01 – Escreva textos que as crianças podem entender

    Pode parecer tentador usar palavras difíceis para demonstrar todo o seu domínio da gramática. Mas, a grande verdade — que todos tentam disfarçar — é que o Brasil é um pais de analfabetos funcionais. A maior parte da população é incapaz de compreender textos simples de cartazes publicitários ou encartes de supermercados.

    Segundo o IBGE, apenas 8,31% dos brasileiros possuem superior completo. E eu posso garantir que muitos destes sequer sabem formar um frase. Sei porque me formei recentemente em Jornalismo, um curso onde a escrita deveria ser a base. Na prática, muitos dos meus colegas de classe eram incapazes de de ler duas linhas de texto sem gaguejar.

    Esse é um problema social profundo e, nem de longe, sou habilitado para sugerir uma solução. Mas posso dizer com todas as letras que, se quiser se lido, você também precisa pensar nessas pessoas. É claro que você precisa se focar em público especial, mas também precisa estar preparado para quem aparecer.

    É frustrante, mas é a nossa realidade. Arrisco a dizer que é a realidade da maior parte do mundo, na verdade.

    Ao mesmo tempo, como já disse outras vezes neste artigo, um texto simples de ser lido não é o mesmo que um texto pobre. A escritora J.K. Rowling, que ficou bilionária com Harry Potter, é um grande exemplo de alguém que sabe escrever de forma acessível, mas que, ainda assim, encanta os leitores.

    No Brasil, os exemplos também existem: Tony Bellotto, Rubem Fonseca, Luiz Alfredo Garcia-Roza, Raphael Montes, Patrícia Melo, Eduardo Spohr, Leonel Caldela. Estes são só alguns, mas existem muitos.

    Uma boa forma de tornar o seu texto mais claro é usar mais pontos do que vírgulas. Frases curtas facilitam as coisas. Acredite. Palavras curtas também ajudam neste aspecto, pelo mesmo motivo. Menos é mais.

    Gosto de uma frase que vi no site do Randy Ingermanson:

    Para ser profundo, tudo que você precisa é ter idéias profundas. Quase sempre, palavras curtas são melhores do que palavras longas. E frases curtas são melhores que frases longas. E parágrafos curtos são melhores do que os parágrafos longos.

    E também não se engane. Escrever de forma simples não é fácil. Exige muita habilidade e conhecimento do autor, para usar as palavras certas na hora certa. Tento fazer isso há anos e nem sempre consigo.

    02 – Remova o excesso de advérbios e adjetivos

    Se eu precisasse apostar, diria que abusar dos advérbios e dos adjetivos é o maior erro dos escritores novatos. Para ficar claro, vamos a uma aulinha bem básica de português:

    • Advérbios: são palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou outro advérbio. São usados para atribuir modo, intensidade, lugar, tempo, negação, afirmação, dúvida — e outros — a um verbo.
    • Adjetivos: são palavras que atribuem características aos substantivos, indicando suas qualidades e estados. Variam em gênero, número e grau, sendo classificados como: simples, composto, primitivo e derivado.

    Acho que você sabe muito bem do que eu estou falando, porque já falei sobre isso outras vezes, aqui neste site e lá no YouTube.

    Considere a frase:

    João estava correndo muito rápido naquela noite.

    Talvez você não note nada estranho à primeira vista… Mas há alguns problemas cruciais. Isso porque, quando quando você diz que um personagem está “correndo”, já fica subentendido que ele está rápido. Não precisa dizer “correu rápido” ou “correu muito rápido”.

    Dessa forma, a frase “João estava correndo naquela noite” tem exatamente o mesmo significado.

    A maioria dos escritores assistem um filme na cabeça enquanto escrevem um texto. Por esse motivo, quando vão escrever, querem ser fieis ao que imaginaram e, para isso, usam muitos adjetivos. Termos como “muito rápido”, “lindamente”, “encantadora”, “temível”, “horroroso” — para citar alguns — se tornam bem comuns.

    No entanto, essa abordagem acaba aumentando as descrições, deixando o texto mais maçante e pouco ativo. Pior do que isso, também interrompe o ritmo da narrativa e rouba do leitor o efeito mais importante da literatura: a liberdade de imaginação.

    Se você conta demais, descreve demais, não deixa espaço para a imaginação. Confiei em mim: você não quer isso. O que você quer é que o seu leitor viaje na história, pense sobre o ocorrido e alimento os personagens na sua mente. Isso fará a sua história se tornar marcante. Nada mais.

    03 – Modere o uso de metáforas e símiles

    Metáforas e símiles são parecidas, mas tem um sentido um pouco diferente. Uma metáfora é a figura de linguagem utilizada para fazer uma comparação implícita.

    Ex: Os olhos dela pareciam duas jabuticabas.

    Já a símile diz que uma coisa é como outra.

    Ex: Os olhos dela eram duas jabuticabas.

    Essas duas ferramentas podem trazer mais cor para seus textos, criando imagens vívidas na imaginação do leitor. Porém, justamente por essa capacidade de transmitir ideias com facilidades, as metáforas acabam se tornando “carne de vaca” na mão de escritores que ainda estão tentando se encontrar.

    A regra geral é a mesma para qualquer outro recurso que você queira usar: quanto menos você usar, mais impacto eles terão quando aparecerem.

    Você também corre o risco de usar clichês achando que está sendo super original.

    Dizer que uma pessoa é um “diamante bruto” ou que os olhos de alguém “brilhavam como a lua” pode parecer interessante, mas essas comparações já foram usadas à exaustão. Não há nada de original nisso.

    04 – Consulte um dicionário de sinônimos

    A maior parte dos autores repete palavras e termos que gosta sem ao menos notar. Quando mandei o primeiro rascunho do livro O Assassino da Cruz para um amigo escritor, ele me disse que eu repetia muitas vezes a frase “ou algo do tipo”.

    Eu não havia notado isso, mas depois de uma rápida pesquisa usando o Control+F, notei que ele estava falando a verdade. A frase se repetia 113 vezes ao longo das 300 páginas do primeiro tratamento do manuscrito.

    A minha solução foi reescrever todas essas partes e, para isso, utilizei um dicionário de sinônimos. Nossa idioma é muito rico e possuí milhares de palavras para descrever a mesma coisa. Gosto muito de usar o “Dicionário Criativo”, porque ele também tem alguns recursos extras, como rimas, expressões e citações.

    O importante é se lembrar da primeira dica e ficar sempre atento para não usar termos rebuscados.

    Embora seja uma prática comum — e recomendada — evitar o uso da mesma palavra em frases muito próximas, optar por uma palavra diferente a cada vez também não é a melhor solução. No pior dos casos, corte a frase para ver se o parágrafo continua fazendo sentido. Tentativa e erro.

    Você precisa de um vocabulário amplo. Nunca neguei isso. Mas não deve usar essa variedade de palavras apenas para fazer firula e mostrar como é inteligente. O conteúdo é sempre mais importante do que a forma.

    05 – Escrever é cortar palavras

    A frase que mais ouvi quando estava começando a escrever foi: “escrever é o ato de cortar palavras”. No inicio, confesso que não entendi bem a frase. Mas, quando ela fez sentido, minha mente se abriu de um jeito mágico. Tudo ficou claro.

    Eu fiz um vídeo inteiro sobre isso em meu canal no YouTube, então vou deixá-lo aqui para você entender melhor.

    Conclusão

    É importante que, a maior parte destas dicas serve apenas par ao momento da revisão do seu texto. Se você começou a escrever e ainda está no primeiro rascunho, é importante deixar a mente livre, aberta a tudo. Nessa hora, você precisa escrever sem parar e sem pensar em regras.

    Na segunda fase, quando o texto já estiver pronto, você começa o processo de edição. É aí que você vai eliminar os advérbios e adjetivos que estiverem sobrando, alterar as metáforas clichês e simplificar as frases muito rebuscadas.

    Com o tempo, você vai aprender a escrever pensando no produto final e seus textos ficarão mais claros e concisos logo no primeiro rascunho. Mas, mesmo assim, nenhum trabalho é perfeito logo no início. E não há mal nenhum em corrigir, reescrever e reescrever ainda mais. Esse é o caminho natural das coisas.

    Então é isso aí. Obrigado pela visita e boa escrita. 😀

    Confira 3 estratégias para encontrar inspiração e escrever muito mais durante a quarentena

    Algumas pessoas só conseguem escrever quando estão inspiradas. Esse é um dos clichês sobre a escrita (e praticamente todas as áreas criativas) que as pessoas mais acreditam, ao ponto de transformarem a lenda em algo real. Elas simplesmente não escrevem se não houve um sopro divino.

    Mas existe um fato curioso aí: quando se é criança, você não precisa de inspiração para criar. Você simplesmente se senta com seus brinquedos e já começa a imaginar as histórias mais loucas. A única coisa que define até onde você pode chegar com a sua criatividade é a sua própria vontade de criar.

    Porém, a medida em que crescemos, essa habilidade parece desaparecer. Para a maioria de nós, o crescimento significa o esgotamento da fonte das boas histórias e apenas alguns poucos sortudos permanecem criativos em tempo integral.

    Por que isso acontece? Existe uma forma de se tornar mais criativo?

    A inspiração não é algo místico. Não é um dom especial enviado pelos deuses para manter algumas pessoas na frente das outras. Como qualquer habilidade humana, a criatividade pode ser aprendida, hipertrofiada e moldada com base nos nossos interesses. Mas o caminho é longo, já devo avisar.

    Neste artigo, vou te dar algumas ideias sobre como praticar e desenvolver um pouco mais a sua capacidade criativa, para que essa quarentena se transforme numa das épocas mais produtivas que você já viveu.

    Antes de tudo, porém, devo alertar que, embora soem como regras, as dicas desta publicação são mais orientações. Estão organizadas em formatos de lista porque sabemos que as ideias ficam mais inteligíveis desta forma.

    01 – Escreva TODOS os dias

    Essa, sem sombra de dúvidas, é a dica mais frequente que já dei, tanto aqui no site quanto lá no meu canal do YouTube. Porque ela é importante mesmo e eu sou a prova viva disso. É até difícil de mensurar o tanto que evolui enquanto escritor quando comecei a escrever diariamente, porque a mudança é drástica demais.

    Eu sei que você deve estar pensando:

    É fácil falar, mas meu dia é muito corrido.

    Ou o mais comum:

    Eu não tenho tempo para escrever todos os dias.

    Então vou te dizer com todas as letras: isso é mentira. Você tem tempo. Não importa o quanto você trabalhe, o quanto a sua vida é difícil ou o quanto as suas obrigações te consumam. Você tem algum tempo livre para escrever.

    Pode ser aquela hora que você senta no sofá, pouco antes de dormir, e liga a televisão, mas fica distraído com as atualizações no feed do Instagram (por falar nisso, clique AQUI e me siga lá :D). Pode ser no primeiro momento do dia, quando você acorda e fica meia hora deitado, olhando para o teto, com preguiça de levantar.

    Isso não importa. O que importa é escrever e isso nos leva a nossa segunda dica.

    02 – Descubra sua melhor hora para escrever

    É bem provável que você esteja buscando o tão sonhado emprego de “escritor(a) em tempo integral”. Este é o sonho de muitas pessoas e foi o meu durante anos, devo dizer. Mas, quando você chega lá, acaba notando que as coisas não são como imaginávamos. Há uma série de outras atividades não profissão do escritor que não se referem necessariamente ao ato de escrever. Como em qualquer outro emprego.

    Ao mesmo tempo, existe o fato de que somos mais propícios a criar em determinadas horas do dia. Alguns são mais produtivos pela manhã, outros escrevem muito mais durante a noite e outros só conseguem libertar suas palavras durante a madrugada. Não importa qual você seja, porque não existe um que esteja certo e outro que esteja errado.

    A única coisa que você precisa é descobrir o seu momento e fazer de tudo para que, todos os dias, você esteja pronto e disponível para escrever naquela hora. Se descobrir que sua escrita flui mais pela manhã, então você vai usar esse tempo apenas para escrever. As demais tarefas da sua agenda serão realizadas em outro momento.

    Caso você tenha um emprego formal (mesmo que em home office por conta da quarentena), terá que adotar uma rotina diferente, onde a escrita tenha algum destaque. Escritores escrevem! Se você não encarar a escrita como um processo importante, ela nunca será, de fato, importante para você.

    Encontrar a melhor hora para escrever pode ser difícil e é bem provável que você precise fazer alguns malabarismos para conseguir, se tiver horários apertados. Mas, o importante é ser realista. Não me diga que seu melhor horário é as 4 horas da manhã, sendo que você também precisa estar acordado das 8h às 18h para o seu emprego formal. Com senso nunca é demais.

    03 – Comece a dizer “Sim” para a escrita

    Parece dica barata de auto-ajuda? Sim, parece. Mas não é, vai por mim. O conceito é absolutamente simples e fácil de entender: se não é sim, é não. Ou você diz sim para sua vontade latente de tirar as ideias da cabeça e jogá-las no papel ou você dirá não para tudo isso.

    E se você disser não, as ideias apodrecerão e morrerão dentro da sua cabeça. Você não quer que isso aconteça, não é mesmo? Eu sei que não.

    Escritores “de verdade” são aqueles que sempre dizem sim. Aqueles que atendem o chamado da criatividade. Entender isso ajuda você a seguir os dois conselhos anteriores e se tornar alguém mais ativo, quando o assunto é construção de mundos e de histórias.

    Você PRECISA escrever.

    É uma necessidade espiritual para a maior parte das pessoas, mas também é algo fisiológico para todos os escritores. Mesmo assim, o seu cérebro insiste em dizer que quer o contrário. Ele foi programado para poupar esforços e é por isso que vive repetindo na sua cabeça:

    Agora não… você escreve depois… durma um pouco mais…

    E você, seguindo essa voz, apenas concorda.

    O seu cérebro sempre vai querer que você ”evite a fadiga”, como diria o Jaiminho. Nossa cabeça age deste jeito porque isso funcionou por séculos, uma vez que o ser humano sempre precisou manter um estoque alto de energia, que não deveria ser gasta de qualquer jeito. Consegui alimento era muito difícil e, quase sempre, representava algum risco de vida.

    Mas as coisas mudaram. O ser humano não mora mais nas cavernas e nós não precisamos mais poupar energia. Na verdade, temos energia de sobra, acumulando-se em nosso organismo e entupindo nossas artérias. Precisamos gastar e dizer sim para a escrita é uma forma de fazer isso.

    Conclusão

    Espero que você tenha gostado destas dicas. E também que esteja disposto a seguir todas elas para mudar sua forma de encarar o ato de escrever. Entender estes pontos e segui-los com rigor me ajudou a mudar minha mentalidade e entender a escrita como minha profissão, não apenas como um hobby.

    Não há nada de místico na escrita, embora possa ser bem espiritual para algumas pessoas. Para mim também é. Não há problemas em encarar as coisas dessa forma, desde que isso não atrapalhe a fluência das suas ideias.

    Então escreva. Todos os dias, na hora que você achar melhor, sempre lembrando do SIM. Isso é o que eu posso te dizer. O resto é com você.

    É isso aí. Obrigado pela visita e boa escrita. 😀

    O que é preciso para ser um escritor: conheça as habilidades que você precisa dominar para ter sucesso

    Tudo tem um preço. Absolutamente tudo. Não importa se você quer ser caixa de supermercado, jogador de futebol ou físico nuclear. Qualquer uma destas profissões vai exigir que você se prepare de alguma forma e abandone certas coisas que, hoje em dia, você sente prazer em realizar. Mas tudo isso é pora um bem maior.

    Com a escrita não é diferente. Embora sentar e escrever pareça uma tarefa especialmente fácil, quem está em busca desse sonho sabe que simplesmente não é. Escrever é difícil, penoso, complicado. Não é impossível, claro, mas não é um passeio no parque.

    Pense nos artistas que você ama e nas obras que eles produziram. Como você acha que elas foram produzidas? Acha que eles simplesmente acordaram, respiraram fundo e criaram? Tenho certeza que não.

    Isso é fácil para você…

    Gosto demais de uma história que ouvi sobre Pablo Picasso, o famoso pintor espanhol co-fundador do cubismo e autor de obras icônicas, como, A Vida (1903), Les Demoiselles d’Avignon (1907), Dora Maar com Gato (1937), Guernica (1937) e muitas outras.

    Segundo a lenda, quando já era idoso, o pintor estava em uma café, rabiscando um guardanapo. Uma mulher, que estava sentada em uma mesa próxima, viu o desenho e ficou encantada. Alguns minutos depois, o artista se levantou, amassou o guardanapo e se preparou para coloca-lo no lixo. A mulher o interrompeu e falou:

    — Posso ficar com esse desenho? Eu pago.

    — Claro! – Picasso respondeu – É seu por US$ 20,000.

    — O que? Você não levou mais que dois minutos para desenhar isto. – disse a mulher, espantada com a cobrança.

    — Não, minha senhora. – Picasso respondeu com um sorriso – Eu levei mais de 60 anos para desenhar isto.

    Qual é a moral desta história? Pra mim, é bem simples. Nenhum talento nasce com você, por mais que gostemos de acreditar neste fato. É preciso trabalho duro, perseverança e um pouco de desapego com a vaidade. Digo isso porque, depois de praticar por dias, talvez anos, você vai ficar bom. Muito bom, provavelmente. Neste momento, muitas pessoas vão olhar o seu trabalho e dizer que foi fácil para você. Que não houve custo. Que você nasceu com um dom divino.

    Mas só você será capaz de medir custo desse talento.

    Habilidades do escritor

    Há quatro habilidades que você precisa dominar para alcançar o tão sonhado sucesso. E não importa qual seja a sua definição de sucesso. A única forma de chegar até ele é com muito esforço e trabalho duro.

    As quatro características essenciais são: resiliência, prática, definição de prioridades e paixão.

    Lembre-se de que não há atalhos e nem acordos. Ou você faz ou você não faz. O que te difere dos outros que querem conseguir o mesmo que você é o tempo que você está disposto a “perder” para alcançar os seus sonhos. Como diz a raposa para o Pequeno Principe:

    — É o tempo que você perdeu com sua flor que faz ela ser especial.

    Acredito nisso. Também acredito em outra frase da raposa: “O essencial é invisível aos olhos”.

    #01 – Resiliência

    Quando você decide que quer ser um escritor ou uma escritora, precisa se preparar para dois problemas graves: a dificuldade de escrever e a rejeição. Apenas essas duas coisas são certas na profissão. Assim como só a morte é certa na vida.

    Mas, por mais desanimador que isso seja, é importante seguir em frente. Aceitar a rejeição e continuar de pé nas dificuldades é a principal habilidade que você precisa dominar. Resiliência é a palavra chave.

    Todo artista que alcançou o sucesso já foi rejeitado em algum momento, antes de ser reconhecido. Não deixe que as dificuldades tem impeçam de crescer.

    #02 – Prática

    Ao mesmo tempo, de nada vale seguir em frente, tentando, se você não tem o mínimo para se manter firme na área. Você precisa aprender e evoluir. Melhorar como pessoa e como artista, em todos os momentos da sua vida. E o segredo para melhorar é praticar todos os dias, sem excessões.

    Já publiquei vários artigos e vídeos no canal do YouTube sobre a importância de criar uma rotina de escrita e escrever todos os dias. Pode parecer difícil num primeiro momento, mas, se você transformar essa prática em uma rotina, fará sem muitas dificuldades.

    Prática constante é mais um preço essencial, que você deve estar disposto a pagar.

    #03 – Definição de Prioridades

    Durante um longo período de tempo, fui designer, músico, cineasta, filmmaker, jornalista, radialista e, quando tinha tempo, escritor. Eu queria ser tudo e acabava não sendo nada. Não havia prioridades.

    Minha vida só mudou quando decidi: sou um escritor. É isso que nasci para fazer e é isso que me dá prazer. Se você quer ser escritor, precisa escrever. Colocar a escrita em primeiro lugar na sua vida.

    É claro que você vai me dizer: “Ah, mas eu preciso pagar as contas”. Se você não pode abandonar tudo de uma vez para se dedicar a escrita (como eu também não pude), coloque a escrita no topo da sua lista de prioridades e trabalhe intensamente para transformar isso em uma profissão.

    As coisas não acontecerão se você não trabalhar para que elas aconteçam.

    #04 – Paixão

    Por fim, você precisar amar o que faz. Sentir paixão pela escrita… E pelas coisas que vem com ela. Escrever é sofrer, dizem alguns. E é verdade. Para seguir seu sonho, você terá que fazer alguns sacrifícios. Terá que abandonar coisas (e pessoas) que você ama.

    É claro que estou sendo dramático demais, mas você precisa estar disposto a sofrer. No fim das contas, o sofrimento será recompensado.

    E a melhor forma de passar pelo sofrimento e se manter de pé e amar profundamente o que você faz. O amor é a única coisa que faz você sentir prazer até mesmo durante os momentos de aflição.

    Prepare sua mente para o sucesso

    O sucesso pode significar muitas coisas. Não é necessariamente ser a nova J.K Rowling ou o próximo Dan Brown. Não é apenas ser conhecido no mundo inteiro e vender centenas de milhares de livros.

    Pode ser apenas viver da escrita, ganhando dinheiro o suficiente para pagar as contas em dia. Não há problema algum com essa ideia.

    A única coisa da qual você não pode abrir mão é da mentalidade do escritor de sucesso. Você precisa estar preparado para alcançar seus objetivos.

    Muita gente sonha com o sucesso, mas quando se vê de frente com ele, não sabe como agir e perde a cabeça. Se não quer que isso aconteça com você, se prepare. Busque o sucesso, independente da sua definição, como uma das recompensas, mas não como objetivo final do seu trabalho.

    Não tente encontrar atalhos. Comprometa-se com a sua viagem e aproveite a oportunidade que você tem nas mãos. Observe atentamente o caminho, porque, como diz o clichê, ele é mais importante do que a o destino.

    Se você seguir em frente e trabalhar duro, quando olhar para trás e ligar os pontos (valeu pela dica, Steve Jobs), ficará surpreso com o que conseguiu.

    É isso aí. Obrigado pela visita e boa escrita. 😀

    Seis dicas para escrever thrilles surpreendentes e prender a atenção do seu leitor até o fim

    Thrilles são o meu gênero favorito. Sempre fico maravilhado quando me vejo diante de uma história onde, a cada nova página, sou surpreendido por um fato intrigante. E isso não acontece apenas comigo, é claro. Os leitores adoram o suspense, o mistério e a adrenalina de descobrir quem matou quem.

    É por isso que grandes autores como Arthur Conan Doyle, Agatha Christie, Sidney Sheldon, Harlan Coben, Dan Brown e muitos outros são tão cultuados.

    Um thriller não precisa ser, necessariamente, um romance policial ou algo semelhante. Pode ser uma história de fantasia, um romance, uma ficção científica ou qualquer outra coisa que você quiser. Mas, o que me agrada de verdade são as histórias clássicas que mistério, que envolvem detetives e assassinatos.

    O Brasil possuiu centenas de bons autores neste estilo e cada dia surgem novos. Caso queira saber mais e conhecer novos autores, pode conferir o site da ABERST, a Associação Brasileira de Escritores de Romance Policial, Suspense e Terror.

    Mas, caso também queira escrever histórias assim, neste artigo, eu vou te apresentar algumas dicas que eu adoraria ter recebido quando comecei a escrever.

    #01 – Saiba quem é o assassino

    Há muitos autores que gostam de seguir o modelo “Jardineiro de Ideias”, que é quando você simplesmente escreve e deixa as coisas acontecerem. E eu confesso que este modelo é bem interessante em algumas ocasiões. Mas em thrillers ou suspenses policiais, esse é um risco que você não pode correr. As coisas não podem acontecer a esmo e jamais devem ser resolvidas por coincidência.

    O thriller exige que você deixe pistas ao longo da história, para que o leitor trabalhe tentando descobrir que está por trás da coisa toda. Se você não souber quem é o assassino e como o livro acaba, vai ter muita dificuldade em escrever uma história concisa e realmente empolgante.

    #02 – Apresente vários suspeitos

    Um dos maiores prazeres de se acompanhar um thriller é tentar descobrir entre vários suspeitos quem foi o autor do crime. Muitos autores usam essa técnica para prender o leitor e não há dúvidas quanto ao motivo: a coisa funciona! Agatha Christie tem uma habilidade inumana de criar histórias desta forma e, se você ainda não leu nada dela, sugiro que começa por “Assassinato no Expresso do Oriente”.

    Outra obra que apresenta um roteiro incrível e que pode ser usada como objeto de estudo neste aspecto é o filme “Os Suspeitos” (The Usual Suspects), de 1995. O longa foi dirigido pelo incrível Bryan Singer, com um roteiro escrito pelo Christopher McQuarrie. Se você ainda não assistiu, prepare-se para se surpreender.

    #03 – Apresente seus suspeitos o quanto antes

    Você pode (e talvez até deva) deixar para revelar o seu assassino no momento final do livro. Não há problema nisso. O que você não pode fazer é deixar para apresentá-lo, enquanto ainda suspeito, apenas nas últimas páginas. O vilão, assim como o herói, deve ser apresentado o mais cedo possível, mesmo que o leitor não saiba quem ele é.

    Uma das melhores formas de surpreender o leitor é mostrar como o assassino estava diante dos olhos dele desde os primeiros momentos e ele não foi capaz de notar. Quando você deixa para apresentar o suspeito no final, faz com que o leitor pense que todo o trabalho que ele teve ao longo da história foi em vão.

    Quando você lê um thriller, você também está brincando de detetive. Quer descobrir as coisas junto com o herói. E cabe ao escritor fornecer as ferramentas para que essa descoberta não seja frustrante, fácil ou difícil demais.

    É por isso que você precisa apresentar todos os suspeitos (dentre eles, o assassino) no início do livro. Para que os leitores possam bancar o detetive e tentar resolver a história. Neste ponto, suas habilidades como contador de história serão testadas. Mas o resultado final sempre faz tudo valer a pena.

    #04 – Desenvolva motivos convincentes

    Tenha uma coisa importante em mente: tão importante quanto quem é o porque. Não basta que você seja capaz de criar um grupo variado de suspeitos encantadores. Você precisa dar uma motivação específica para cada um deles. O que faria cada um deles ter motivo para matar a vítima?

    Trabalhe pesado em cima desse assunto. E não crie coisas óbvias como: “ele me demitiu” ou “ele me tratou mal em uma festa”. Os leitores precisam acreditar que cada um dos motivos é forte o bastante para fazer com que aquele suspeito matasse alguém. Pessoas são demitidas e maltratadas o tempo inteiro e não saem por aí assassinando ninguém. Seja criativo.

    A medida em que for reescrevendo, você pode melhorar estes motivos e trazer mais verdade para a personalidade de cada suspeito. É um trabalho que não para nunca.

    #05 – Use planilhas, cartões ou post-its

    Para mim, a parte mais difícil de todo o processo de escrever um romance policial ou um thriller é finalizar o primeiro rascunho. Como via de regra, levo pelo menos três meses para fazer isso, mas quase sempre leva algo entre seis e oito meses. Mas, antes disso, há mais alguns meses de planejamento, sem escrever uma única palavra do manuscrito.

    Por isso, costumo usar planilhas e cartões pautados para planejar cada detalhe da trama, principalmente as pistas que serão encontradas pelo protagonista.

    Costuma fazer isso dividindo o cartão (ou a tela, caso use o excel) em três colunas. Na primeira, coloco uma descrição breve da cena, mostrando o que deve acontecer. Não acrescento diálogos ou nada parecido. Apenas um texto simples e cru. Na segunda coluna, acrescento o nome do suspeito que aparece na cena. E, na terceira coluna, coloco a pista que será deixada.

    Isso vai te ajudar a ter uma ideia de como as coisas estão andando.

    #06 – Deixe a história te surpreender

    Ainda que você deva planejar a sua história ao máximo, é importante aproveitar o momento também, e deixar a sua mente aberta para as coisas que podem acontecer sem a sua influência.

    Muitos autores gostam de dizer que os personagens assumem vida própria enquanto eles escrevem. Confesso que não gosto muito dessa definição, mas até concordo que, as vezes, somos surpreendidos pelo que aparece.

    Por isso, é importante estar sempre preparado para o que pode acontecer. Deixar a história nos surpreender. Afinal, se ficarmos surpresos com os rumos da história, certamente os nossos leitores também ficarão.

    Coloque a mão na massa

    Se eu conhece cada uma dessas dicas quando comecei o meu primeiro romance, certamente teria escrito histórias melhores. Não tenho dúvidas disso. Precisei de longos anos de tentativa e erro para descobrir as melhores formas de fazer as coisas funcionarem e, devo confessar, ainda estou apreendendo.

    Teste as sugestões e me de sua opinião sobre o que apreendeu aqui. Deixe nos comentários ou me mande um e-mail, porque vou adorar conversar sobre o seu processo de construção das suas histórias.

    Nos vemos na próxima! Boa escrita. 😀