Eu escrevo desde sempre. Sou aquele tipo de cara que adorava as aulas de redação, que inventava histórias sobre todo mundo que eu conhecia. E as pessoas sempre diziam que eu era muito criativo, que tinha futuro com a escrita, que poderia me tornar um grande jornalista ou até mesmo um escritor. E eu acreditei e segui tentando.
Escrevi meu primeiro livro e lancei de forma independente. Ninguém leu. Escrevi pequenos contos e aprendi a usar o blogger. Postei tudo e ninguém leu. Evolui um pouco mais, criei um site de verdade, postei meus textos e, advinhe só: ninguém leu.
E é claro que eu me frustrei. Me frustrei muito mais vezes do que sou capaz de me lembrar. A pergunta que sempre me atormentou e que volta e meia ainda me atormenta é: alguém se importa com o que eu tenho para dizer? Por que as pessoas não estão ouvindo? Por que eu não atinjo o sucesso que eu mereço?
A resposta não é exatamente a que eu quis ouvir E não é a que você quer ouvir também. Você não deve perseverar. Você não deve tentar mais. Você tem que parar. Parar e rever todo os seu conceitos. Você precisa evoluir.
Já que ninguém está interessado pelo que você produz, pratique muito. Pratique o máximo que puder. Escreva sempre, sem parar. Se todas as pessoas estão ocupadas demais assistindo vídeos de pegadinhas no Youtube, recue, se esconda nas sombras do seu quarto e desapareça por um tempo. Aproveite a oportunidade para melhorar. Pratique!
Reduza a sua auto-divulgação nas redes sociais e se foque no que é importante para um escritor profissional: escrever. Você só melhora como escritor escrevendo muito… E lendo muito, é claro.
Abandone a paranoia de querer ser lido agora e “descoberto” pelas massas. As pessoas vão ler o seu texto quando ele for bom de verdade. Quando ele emocionar. Quando ele transmitir as verdades que você guarda no seu coração.
E você não precisa se preocupar com esse medo de não ser descoberto, porque existe uma coisa muito maior para se preocupar: o que você vai mostrar para pessoas quando elas começarem a prestar atenção em você? Vai continuar com as mensagens fúteis disponíveis na internet ou vai apresentar um mundo novo? Está nas suas mãos.