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    Respeite a história daqueles que lutaram para te colocar onde você está

    Amanhã é feriado aqui em Sinop, no Mato Grosso. Se você também mora aqui, com certeza já sabe disso e deve estar contando os minutos para o dia acabar. Mas… Você sabe o que esse feriado representa?

    Que é o aniversário de fundação de Sinop, todo mundo sabe, é claro. Mas o que isso quer dizer, de fato? Muito mais do que você imagina.

    No inicio da década de 70 os primeiros homens chegaram aqui, vindo do Paraná. Eles encontraram uma mata fechada, coberta de perigos e incertezas. E enfrentaram os desafios com a cabeça erguida. Sofreram muito, mas se mantiveram de pé.

    Homens, mulheres e crianças que deixaram tudo para viver o sonho de construir a vida em um novo lugar. Em um lugar que tinha um futuro brilhante pela frente, mas que, naquele momento, não era nada além de uma mata fechada.

    As primeiras famílias se abrigaram do frio, do calor, da chuva e do sol em barracas de lona. Dormiam ouvindo os animais ferozes que visitavam os acampamentos a noite. Construíram casas de madeira em meio a lama.

    Mas eles não desistiram. E é por causa deles que você está aqui, me ouvindo hoje em dia. E também é por causa deles que eu estou aqui, falando com você.

    Por isso, lembre-se de respeitar a história. Principalmente a história daqueles que lutaram e até morreram para colocar você onde você está.

    Todos querem mudança e melhora. Ainda mais agora, em tempo de eleição. Mas também precisamos reconhecer as coisas boas que já foram feitas e o potencial da nossa cidade e das pessoas que moram aqui.

    Se hoje nós olhamos para o futuro com os olhos cheios de esperança, só podemos fazer isso porque outros tiveram coragem de desbravar estas terras décadas atrás, enfrentando as incertezas, os perigos da mata, as doenças, a fome e muitos outros problemas dos quais só ouvimos falar hoje em dia.

    Sinop é um polo que atrai pessoas do Brasil inteiro e merece o nosso respeito. Mas, acima de tudo, devemos honrar os pioneiros que ergueram uma cidade em meio as árvores. Tanto aqueles que já partiram deste mundo quanto os poucos que ainda estão aqui, entre nós. Por que eles também partirão um dia e, se as suas histórias não forem preservadas, elas desaparecerão com eles.

    SÓ MAIS UM DIA: confira as primeiras imagens das gravações do longa

    Iniciei mais um projeto cinematográfico em parceria com a produtora cinemagem. Trata-se de um longa de ação. Abaixo você confere as primeiras imagens das gravações:

    Que saudade que eu sinto do Macaco Tião…

    Depois de algumas semanas mostrando de forma magistral como NÃO fazer uma campanha política, o PT finalmente anunciou Fernando Haddad como candidato à Presidência no lugar de Lula. O partido dos trabalhos, formado quase que inteiramente por pessoas que se esqueceram o significado da palavra trabalho, insistiu de todas as maneiras possíveis, mas, ao menos uma vez, a justiça prevaleceu.

    Lula continua preso e fora da campanha.

    Não sei o que será daqui pra frente. Ninguém sabe, já que pesquisas são tão eficientes quanto a previsão do tempo. E se você já teve que carregar um guarda-chuva durante todo o dia debaixo de um sol escaldante, sabe bem do que eu estou falando.

    Haddad é um ilustre desconhecido. Passou todo esse tempo a sombra de Lula na campanha e agora não tem mais tempo para correr atrás do prejuízo. Sua vice agora é a Manuela D’Ávila, que eu gosto de lembrar que pertence ao Partido Comunista do Brasil. Comunista mesmo, tipo Cuba. Tipo a Coreia do Norte, também.

    É que o Brasil já tem poucos problemas para querermos governantes que defendem uma ideologia que não deu certo em absolutamente nenhum lugar do planeta. Mas… Quem sou eu para falar disso? Não sou cientista político, nem nada.

    Mas, como já dizia o sábio da caverna: você não precisa beber veneno para saber que mata. Basta olhar os outros idiotas mortos.

    E, por falar em idiotas… Digo, políticos, lá no Paraná, minha terra, o ex-governador Beto Richa foi preso pela Gaeco. A prisão é preventiva e ele pode ser solto em menos de cinco dias, mas isso já é um belo cruzado de direita na cara de quem achou que políticos são intocáveis. Já foram e talvez voltem a ser num futuro próximo. Mas, nos dias de hoje, cabeças rolam com tanta facilidade que chega a surpreender.

    Eu lembro que na última eleição a governador em que votei, quando ainda estava no Paraná, votei em outro cara, que eu não lembro quem era, só para não votar no Richa. Mas ele ganhou mesmo assim. Fazer o que… Quem ri por último, ri melhor.

    Só acho que faltou uma acusação de nepotismo contra o Beto Richa, já que outros cinco parentes dele foram presos… E todos trabalham com ele. Até onde sei, isso é crime… Ou eu estou louco?

    Bem… Resumindo a história, a coisa tá feia pra você e pra mim, meu amigo. Em quem nós vamos votar eu não sei. Adoraria que o macaco Tião ainda estivesse vivo, porque ai sim eu teria alguém que me representaria de verdade.


    E se você não sabe que é o Macaco Tião, confira abaixo:

    Entenda de uma vez que o WhatsApp não é fonte de informação!

    O candidato a presidência da república, Jair Bolsonaro, foi esfaqueado na última quinta feira enquanto participava de uma atividade de campanha em Juiz de Fora, Minas Gerais. Com certeza você já sabe disso.

    E, com toda certeza, você já recebeu vídeos, fotos, áudios e sei lá mais o que de “especialistas” que descobrira uma grande teoria da conspiração forjada por Bolsonaro e sua equipe para que ele consiga vencer a eleição.

    Segundo eles, o ataque foi forjado. A faca nem era de verdade.

    A principal prova é que não há sangue nas imagens, nem na faca nem no candidato.

    É que as pessoas estão acostumadas a assistirem filmes americanos e agora elas acham que, na vida real, o sangue esguicha do mesmo jeito. Elas acham que vivemos dentro de um filme de terror trash dos anos 80.

    Isso não é ingenuidade. Isso é burrice mesmo.

    É importante entender que as coisas não são como nos filmes. Se isso fosse forjado, todos já estariam sabendo. Ele teria que ter pagado médicos, policiais, enfermeiros e uma infinidade de pessoas que comprovassem a história. Algo simplesmente impossível e inviável.

    A vida não é como nos filmes. Por mais interessantes que sejam as teorias da conspiração, elas são apenas isso. Teorias da conspiração. Nada mais.

    E se você acredita que tudo isso é um golpe para esconder a verdade do mundo e para garantir mais votos ao Bolsonaro, você não é muito diferente do Cabo Daciolo.

    Não seja um idiota. WhatsApp não é fonte de informação.

    As redes sociais influenciarão a decisão de voto dos brasileiros

    Segundo dados de uma pesquisa da IdeiaBigdata, as informações publicadas na Internet e nas redes sociais influenciarão a decisão de voto de 43,4% dos brasileiros maiores de 18 anos. Ainda segundo a pesquisa, essas pessoas acessam a internet exclusivamente a partir dos seus telefones celulares.

    Para a pesquisa, o instituto ouviu 1.482 pessoas em todo o país, seguindo a uma amostragem representativa de classe social, gênero, faixa etária e região.

    Não é de hoje que sabemos que a internet, mais do que nunca, será fundamental para a campanha dos políticos. Tanto que não tem muita gente preocupada com o pouco tempo de TV. A maioria dos candidatos que só tem alguns segundos de tela estão usando esse tempo para chamar seus eleitores para as redes sociais. E a estratégia está dando certo, ao que tudo indica.

    Entre os entrevistados, 59,5% afirmaram que pretendem acompanhar nas redes sociais as publicações dos seus candidatos à Presidência da República, Senado, Câmara dos Deputados, governos estaduais e assembleias legislativas.

    Segundo eles, a plataforma preferida é o Facebook, com 58,5% da preferência, seguida do Youtube, com 13,2%, o Instagram, com 11,5%, o Twitter, com 8,9%, o WhatsApp, com 4,8% e, por fim, o Linkedin, com 3,2%.

    Essa pesquisa é importante por que mostra que, ao mesmo tempo em que caminha para o futuro, o Brasil da um salto gigantesco para trás. Não sou um defensor cego da mídia convencional, mas tenho ciência de que a internet, em época de política, é terra de ninguém.

    As mentiras correm soltas e, com a preguiça assustadora do brasileiro de checar os fatos, o estrago vai ser ainda maior.

    Não tem problema algum em acompanhar os políticos nas redes sociais. Muito pelo contrário, isso é até bem recomendável. Mas lembre-se de que, não é só porque ele disse que seja verdade.

    Muito pelo contrário. Desconfie de tudo.

    Todos nós sabemos que aqueles brasis mostrados nas propagandas eleitorais não são reais, nem para o bem e nem para o mal.

    O Brasil perdeu um pedaço da sua história

    Quando as chamas consumiram o Museu Nacional do Rio de Janeiro, o Brasil perdeu um pedaço da sua história. Um pedaço que não será recuperado nunca, não importante o que se faça e nem o tempo que se passe. Logo agora, que vivemos tempos sombrios e desesperançosos.

    Quando mais precisamos conhecer o passado e aprender com seus erros, ele é arrancado de nós de forma tão brusca… E irreversível.

    Eu não sei se você já foi em algum museu na sua vida. Eu já fui em alguns e posso garantir que é maravilhoso ver a história de perto. Visitei o Museu do Expedicionário, em Curitiba, que conta a história dos heróis brasileiros da II Guerra Mundial. Vi esculturas gregas de mais de 2 mil anos e pinturas de Van Gogh e do Botticelli no MASP, em São Paulo.

    Também conheci um pouco da história do Brasil no Museu do Ipiranga, que também fica em São Paulo e é quase um irmão do Museu Nacional e que sofre dos mesmos problemas de falta de recursos, descaso e abandono. Mesmo assim, visitar aquelas salas e contemplar aqueles objetos de importância inquestionável foi uma das experiencias mais fascinantes que já experimentei.

    O Museu Nacional tinha mais de 20 milhões de itens. Praticamente todos foram destruídos. E eu não vejo o Brasil em luto. Não sinto a tristeza do povo.

    Mesmo que nossa imprensa tenha noticiado o fato com grande alarde, eu sinto que os veículos internacionais parecem mais abalados com a notícia do que os brasileiros. Não temos o hábito de visitar museus, muito menos de preservar nossa história. Nos esquecemos de tudo muito rápido. Talvez seja por isso que caímos sempre nos mesmos golpes, nas mesmas emboscadas.

    O fato é que uma grande parte dos nossos 500 anos de história desapareceu para sempre e nunca mais poderá ser recuperada. Eu não sei se você já entendeu o tamanho disso, então eu vou te propor uma coisa.

    Tente imaginar o que aconteceria se, do dia para a noite, o seu filho perdesse a oportunidade de conhecer a sua história. Mas não só a sua, mas também as histórias dos seus pais, seus tios, seus primos, seus avôs… Imagine que a vida deles e tudo o que eles fizeram fosse simplesmente apagada.

    Foi isso o que aconteceu com o Brasil. Perdemos uma parte importantíssima de nossa história. O Museu Nacional já foi o lar do rei Don João VI, e dos imperadores Don Pedro I e Don Pedro II. Já foi sede da primeira Assembleia Constituinte Republicana, no ano de 1889.

    E agora, é só um amontoado de tristeza, em meio a cinzas e escombros.

    As pessoas exigem experiência, mas não me dão uma oportunidade

    Convivendo com pessoas muito mais jovens do que eu, ouço com certa frequência o mote dos inconformados: “Não consigo um bom emprego! As pessoas exigem experiência, mas não me dão uma oportunidade. Eu sou jovem e eles exigem demais de mim”.

    Essas frases seriam completamente verdadeiras, se não vivêssemos no século XXI. Se a informação não estivesse a um clique de distância.

    A geração “quebrada”, que não consegue emprego porque ninguém “dá uma chance” é a mesma que inunda a cidade nos sábados a noites. É a mesma que congestiona as avenidas com carros, músicas altas e garrafas de cerveja. Eu gosto de carros, música alta e garrafas de cerveja, é claro, mas consigo entender a linha que separa o que eu quero do que eu preciso.

    E é isso me fez entender que, em sua grande maioria, os que mais reclamam são os que menos precisam reclamar. Nenhum daqueles jovens está passando fome. Todos tem acesso a smartphones com internet banda larga. Nenhum deles está desesperado por uma oportunidade de aprender uma profissão. Se fosse esse o caso, as coisas seriam diferentes e eu falo por experiência própria.

    Seria ótimo se a geração mais conectada da história da humanidade também fosse a mais inteligente. Se a geração que tem mais acesso à informação fosse, de fato, a mais informada. A geração 2000 tornou-se a geração da reclamação. Do mimimi, como se diz agora. A geração da polarização, do pobre versus o rico, da esquerda contra a direita, mesmo que nenhuma das duas saiba exatamente o que isso quer dizer.

    Seria ótimo se as pessoas entendessem que o conhecimento abre portas. A vontade de aprender também.

    Mas é preciso força de vontade e caráter para passar por essas portas. E isso é uma coisa que não se aprende no YouTube.

    #02 – DOCUMENTÁRIO: delimitando o tema para começar sua gravação

    Produzir cinema é uma tarefa árdua, seja ficção ou não-ficção. Mas a parte mais difícil, principalmente para o cineasta, é a delimitação do tema. Isso porque a maioria dos novatos quer abraçar o mundo sem saber que isso representa um trabalho humanamente impossível de ser realizado. É por isso que é importante afunilar as possibilidades máximo possível.

    Isso porque qualquer fato que você queria documentar, porque mais simples que seja, vai exigir horas e mais horas de pesquisa, outras várias horas de captação e incontáveis dias de seleção de cenas e montagem.

    Por isso, tenha em mente uma verdade absoluta que as pessoas insistem em ignorar: quanto maior o tema, mais problemas o documentarista terá na hora de escrever o roteiro, gravar e editar o filme. Ao mesmo tempo, quanto mais específico o cineasta for, mais será capaz de criar um produto com qualidade, informações relevantes e, mais que tudo, construir uma grande história.

    Vamos usar um exemplo bem fácil para você entender: futebol.

    Todo brasileiro gosta de futebol. Agora vamos dizer que você quer gravar um documentário em longa-metragem sobre futebol. Como esse tema é amplo, o documentarista vai ter que falar da criação do futebol há milhares de anos pelos chineses, até sua modernização. Também não poderá esquecer de falar da chegada do futebol no Brasil, da criação dos times que ainda existem, dos que já fecharam, dos campeonatos nacionais e dos vários espalhados pelo mundo, da vida dos principais jogadores do Brasil e de fora e por ai vai.

    Tem noção de quanto tempo isso vai consumir da sua vida? Anos de trabalho apenas na pesquisa inicial.

    Agora, vamos imaginar que o documentarista pense um pouco mais e decida afunilar um pouco a ideia. Agora o foco não será o futebol em si, mas os times de futebol brasileiros. As coisas vão ficar bem mais simples, só que ainda temos centenas de times no Brasil, entre profissionais e amadores. Como falar de todos? Então ele afunila um pouco mais e chega no time X, da cidade Y, de estado Z.

    Parece mais fácil? E é. Mas ainda tempo problemas. Vamos imaginar que esse time existe há 50 anos. Se ele está de pé até hoje, isso quer dizer que existem centenas de personagens que fizeram ou que ainda fazem parte da parte da história do clube, desde a sua fundação até o momento atual. Fora aqueles que contribuíram indiretamente, como jornalistas, torcida organizada e muito mais.

    Para se livrar de um fumo gigante, o diretor pensa um pouco mais e decide afunilar ainda mais. Então ele chega no ano de 2015. Nessa data, o time venceu o campeonato mais importante do seu estado. Ficou mais fácil, né? Claro. Mas… Uma ano equivale a 365 dias de histórias. Ele vai falar sobre todos esses dias? Aconteceu alguma coisa interessante durante todos esses dias? E o mais crucial: ele estava presente em todos estes jogos para filmar as cenas? Ou ele conseguiu imagens de arquivo de todos esses jogos para compor a sua obra? Eu aposto que não.

    O documentarista, esperto como só ele, decide afunilar ainda mais e chega no último jogo de 2015, quando o time X conquistou o grande campeonato. Agora sim nós temos um documentário de verdade. Isso porque o jogo passou na TV e tem imagens de todos os momentos disponíveis na internet. Talvez o próprio documentarista estivesse no jogo, lá na torcida, e ele mesmo possui uma grande quantidade de vídeos e fotos. Isso faria dele um personagem da trama, seguido o modo participativo.

    Entendeu o que eu quis dizer? É claro que esse foi um exemplo esdrúxulo, mas ele também serve para explicar como a delimitação e o afunilamento das ideias são essenciais para o bom funcionamento de um documentário. Muitos assuntos significam muitos problemas. Poucos assuntos significam grandes ideias e profundidade narrativa. Menos é mais.

    A menina que matou os pais e a menina que salvou as crianças

    No dia 31 de outubro de 2002, no dia das Bruxas, um casal foi assassinado em sua residência no Brooklin, em São Paulo. Os dois estavam dormindo na hora do ataque e não conseguiram reagir. Os assassinos, dois irmãos, cometeram o crime utilizando marretas, seguindo as ordens da filha do casal.

    Esse poderia ser o roteiro de um filme de terror, mas é a história de Suzane, uma pobre garota rica que tinha 19 anos quando planejou o assassinato de seus pais, Manfred e Marísia von Richthofen.

    Essa história você conhece, não é? Ela foi amplamente divulgada pela mídia na época e gera muitas polêmicas e muitas dúvidas até os dias de hoje. Tanto que agora, 16 anos depois, será levada para os cinemas. É o clássico jargão, só que ao contrário: a arte imitando a vida.

    O filme terá um nome super original: “A menina que matou os pais” e foi anunciado pela produtora Vitrine Filmes.

    Como amante do cinema, eu fico feliz com a notícia. Mas, ao mesmo tempo, uma certa tristeza me bate. Por que será que gostamos tanto de histórias assim? Por que nos interessamos mais pelos assassinos do que pelas vítimas?

    Na noite do dia 5 de outubro de 2017, morria a professora Heley de Abreu Silva Batista, de 43 anos. Talvez você nem se lembre dela, mas, horas antes de morrer, ela enfrentou um homem que incendiou uma creche em Janaúba, no Norte de Minas Gerais. Heley teve 90% do corpo queimado quando enquanto tentava impedir que o assassino, que trabalhava como segurança na creche, colocasse fogo nas crianças.

    Essa história não chegará aos cinemas tão cedo. Talvez nunca chegue. As pessoas se sensibilizam com os heróis, mas o fato é que vivemos em um tempo em que ser honesto é motivo de vergonha. Um tempo dominado pelos espertos. Um tempo em que a história de uma garota rica que assassina os pais é mais interessante do que a história de uma professora pobre que salvou dezenas de crianças.